O procurador público da Arábia Saudita quer a pena de morte para cinco ativistas defensores de direitos humanos, entre os quais uma mulher, que estão a ser julgados num tribunal secreto de terrorismo..De acordo com a informação avançada pela organização Human Rights Watch (HRW), entre os detidos está Israa al-Ghomgham, que, segundo os ativistas, pode ser a primeira mulher a enfrentar a pena de morte pela defesa de direitos humanos no país. As acusações, conta a Reuters, incluem incitamento ao protesto e apoio moral aos desordeiros..Sarah Leah Whitson, diretora da HRW para o Médio Oriente, diz que "qualquer execução é chocante", mas para ativistas que nem sequer são acusados de comportamentos violentos, como Israa al-Ghomgham, "é monstruoso"..A decisão que envolve a ativista foi divulgada no início desta semana pelo ALQST, um grupo de ativistas que se dedica à defesa dos direitos humanos e que negou, entretanto, que a execução já tivesse ocorrido, como foi noticiado por alguns meios de comunicação social..Israa al-Ghomgham, de 29 anos, é uma ativista muçulmana xiita, que liderou protestos contra o Governo em 2011, acusando-o de discriminação e exigindo a libertação de presos políticos. Está presa desde 2015, juntamente com o marido..A decisão final está marcada para o dia 28 de outubro, altura em que deverá ficar definido se a ativista enfrenta ou não a pena de morte.