Empresas brasileiras que apoiam o candidato Jair Bolsonaro, do PSL, vêm comprando pacotes de mensagens com material contra o PT e espalhando esse conteúdo através do aplicativo Whatsapp e das redes sociais, uma prática proibida pelo tribunal eleitoral, que veda, desde este ano, a doação de firmas privadas às campanhas. Os contratos, segundo a manchete do jornal Folha de S. Paulo atingem os 12 milhões de reais, perto de três milhões de euros..Como essa doação não foi declarada, diz Fernando Haddad, candidato do PT e rival de Bolsonaro na segunda volta, há indícios de cinco crimes. "De organização criminosa, de caixa dois [não declaração dos gastos de campanha], calúnia, difamação e lavagem de dinheiro", afirmou. "Em qualquer país do mundo isso seria um escândalo de proporções avassaladoras, levando até à impugnação da candidatura e à chamada do terceiro colocado para disputar a segunda volta", prosseguiu o candidato do PT..Carlos Lupi, presidente do PDT, o mesmo de Ciro Gomes, que foi terceiro classificado, afirmou que os advogados do partido estão a preparar argumentos para apresentar à justiça..Essas empresas, diz ainda a reportagem, compram um serviço chamado "disparo em massa", usando as bases de dados do próprio candidato e de outras bases, divididas por segmentos geográficos e salariais, vendidas por agências de estratégia digital, prática também ilegal uma vez que a legislação eleitoral proíbe a compra de informações fornecidas por terceiros.."Não tenho controlo se tem gente fazendo isso", disse Bolsonaro, do PSL, mais ou menos a mesma explicação que deu para as dezenas de casos de violência ocorridos com apoiantes seus nas últimas semanas..Em São Paulo