Filho do vice-presidente do Brasil passa a ganhar o triplo em banco público
Na segunda-feira, Rubem Novaes foi nomeado presidente do Banco do Brasil por Jair Bolsonaro e garantiu que vai fazer "os brasileiros sentirem-se honrados com uma gestão eficiente, transparente e honrada". Na terça-feira, Antônio Hamilton Rossell Mourão, filho do vice-presidente da República Hamilton Mourão, foi promovido a assessor da presidência do banco com direito a sentar-se nas reuniões de executivo e salário de 36 mil reais, um pouco menos de nove mil euros, mais do triplo do que auferia antes.
"Sem comentários, possui mérito e foi duramente perseguido anteriormente justamente por ser meu filho", comentou o vice de Bolsonaro em entrevista à Agência Estado.
Rossell Mourão, funcionário público há 18 anos, formado em Contabilidade e com MBA em agronegócio, integrará o Programa de Alternativas para Executivos em Transição.
Na véspera, além de o novo presidente do banco ter falado em "honradez", também Bolsonaro sublinhara a necessidade de "transparência acima de tudo". Paulo Guedes, ministro da Economia, recordara que o Banco do Brasil, assim como outras instituições públicas, haviam sido "alvo de saques, assaltos e fraudes".
Segundo coluna de bastidores da revista Época, o caso gerou piadas no próprio banco: diz-se que há uma fila de espera de funcionários para fazer teste de ADN para saber se também são filhos do vice-presidente Mourão. O assunto ficou entre os mais comentados na versão brasileira da rede social Twitterao longo do dia.