Detido conselheiro de Donald Trump
Roger Stone foi preso pelo FBI em Fort Lauderdale, Florida, acusado de sete crimes, incluindo uma acusação de obstrução, falsas declarações e uma acusação de adulteração de testemunhos. Consultor político com décadas de experiência, Stone foi conselheiro de Donald Trump durante a campanha presidencial.
Stone foi indiciado pelo procurador especial Robert Mueller e deverá comparecer em tribunal ainda nesta sexta-feira.
A acusação detalha as conversas de Stone sobre e-mails roubados ao partido democrata e publicados pela WikiLeaks nas semanas anteriores à vitória do republicano sobre a democrata Hillary Clinton. A investigação de Mueller disse que esses e-mails, pertencentes ao presidente da campanha de Clinton, John Podesta, foram pirateados por agentes russos.
A acusação afirma que durante o verão de 2016, durante a campanha, Stone informou os restantes membros da campanha de Trump que tinha informação causadora de danos à campanha de Hillary Clinton. Além disso ofereceu-se para ser o intermediário.
A acusação aponta ainda que, mais tarde, durante a investigação do Senado à interferência russa às eleições, Stone prestou falsas declarações e tentou persuadir uma testemunha a prestar falsas declarações.
No entanto, Stone não é visado com a acusação mais grave, estar em articulação com o Kremlin com o objetivo de interferir nas eleições, que é no fundo o cerne da investigação de Mueller.
Há meses que Stone dizia esperar ser acusado por Mueller. Ao mesmo tempo sempre afirmou nunca ter cometido crime algum.
Quando o presidente norte-americano criticou o ex-advogado Michael Cohen no Twitter, usou a plataforma para elogiar Roger Stone. Afirmou que o seu confidente nunca testemunharia contra ele, não sendo "coagido por um procurador desonesto e descontrolado" . "É bom saber que algumas pessoas ainda têm 'coragem'!"