Crise com o Irão. Trump chama à Casa Branca líderes do Congresso. Vídeo mostra drone abatido
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, convidou para uma reunião na Casa Branca os líderes do Congresso para discutir a situação iraniana, horas depois de um drone norte-americano ter sido abatido pelo regime de Teerão. A notícia é avançada esta tarde pelo Washington Post.
Minutos antes, o Pentágono divulgava imagens do que afirma ser o rasto de fumo deixado pelo aparelho após ter sido atingido, antes de cair no mar.
O Departamento de Defesa dos EUA declarou ainda que o drone, um RQ-4 Global Hawk com o tamanho de um avião de passageiros, estava em espaço aéreo internacional, sobrevoando a alta altitude o Estreito de Ormuz, a 34 km da costa iraniana.
Os Guardas da Revolução do Irão, ao anunciarem ter abatido o aparelho, afirmaram que este estava em violação do espaço aéreo no sul do país. De acordo com a Press TV, o canal de informação em inglês da televisão estatal iraniana, um modelo Global Hawk, da empresa norte-americana Northrop Grumman, "foi abatido pela força aérea" de Teerão, na província costeira de Hormozgan, no sul do Irão.
Donald Trump reagiu inicialmente ao caso pelo Twitter, onde escreveu: "O Irão cometeu um grande erro!"
Horas mais tarde, Trump acrescentou aos jornalistas: "Tenho a ideia que isto foi o erro de alguém. Custa-me a crer que tenha sido intencional. Imagino que foi o erro de um general ou de alguém".
A falar na Casa Branca ao lado do primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, que está de visita aos EUA, e quando questionado sobre qual será a reação dos EUA, Trump acrescentou: "Vamos ver o que acontece".
Este novo incidente ocorre num contexto de fortes tensões entre o Irão e os Estados Unidos e depois de, na passada quinta-feira, dois petroleiros, um norueguês e um japonês, terem sido foram alvo de ataques no estreito de Ormuz.
O Irão negou qualquer envolvimento nos ataques, e sugeriu que podia tratar-se de um golpe norte-americano para justificar o uso da força contra a República Islâmica.
Com Lusa e Reuters