Câmara do Rio abre processo de destituição do prefeito

Marcelo Crivella, que é bispo da IURD e sobrinho de Edir Macedo, continua no cargo por 90 dias, o período que demora o processo. É acusado de crime de responsabilidade em contratos mobiliários
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A Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro aprovou a abertura do processo de impeachment ao prefeito Marcelo Crivella, do PRB. A decisão teve 35 votos a favor, 14 contra e uma abstenção. Um vereador, o presidente da casa, Jorge Felippe, declarou-se impedido de votar, uma vez que é quem herda a presidência, no caso de Crivella, que é bispo da Igreja Universal do Reino de Deus e sobrinho do seu líder Edir Macedo, vir a ser derrubado.

Crivella, entretanto, ficará no cargo ao longo dos 90 dias em que uma comissão formada por três vereadores sorteados redigir um relatório para ser posto a votação - precisa de dois terços dos votos para prosperar. Entretanto, o prefeito terá 10 dias para apresentar sua defesa, após a publicação da admissibilidade no Diário Oficial. Se aprovado, o relatório pode determinar o afastamento de Crivella do mandato. Se rejeitado, o pedido de impeachment é arquivado.

O pedido de impeachment é de autoria de Fernando Lyra Reys, fiscal da Secretaria de Fazenda. Ele denuncia suposto crime de responsabilidade por conta da renovação de contratos de mobiliários urbanos em dezembro de 2018.

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