Dino Sajudin, antigo porteiro da Trump World Tower, diz ter conhecimento do caso de Donald Trump com uma empregada de limpeza, do qual terá resultado um filho. Com o final do contrato que tinha assinado com a American Media Inc. (AMI), que o proibia de falar sobre o assunto, Dino está agora à vontade para contar a história..A notícia é avançada pela CNN, que terá tido acesso ao contrato. Na sexta-feira, Marc Held, advogado do antigo porteiro, revelou que o acordo com a AMI, empresa-mãe do tabloide National Enquirer, teria chegado ao fim, depois de uma conversa entre as partes envolvidas..Em causa está um contrato 'catch and kill' (agarra e mata, em português), que costuma ser usado nos EUA para comprar as histórias de alguém, impedindo que sejam tornadas públicas..Este acordo, conta a CNN, terá sido assinado a 15 de novembro de 2015 e dava à AMI os direitos exclusivos sobre a história, mas não incluía pormenores sobre o caso em si. Diz apenas que "a fonte deverá fornecer informações à AMI sobre o filho ilegítimo de Donald Trump". E que a empresa não deve à fonte nenhuma compensação, se não publicasse o exclusivo..Se a história fosse publicada, Dino Sajudin poderia receber um valor até 30 000 dólares (cerca de 26 000 euros)..Na terceira página, revela a mesma publicação, lê-se que, um mês depois, as partes fizeram uma adenda ao contrato, pelo que o antigo porteiro receberia a mesma quantia cinco dias depois e o "período de exclusividade" era "prolongado perpetuamente". Se Dino violasse as regras, teria de pagar um milhão de dólares à empresa..Agora, a AMI terá libertado os termos do acordo, pelo que o antigo porteiro já poderá falar sobre a sua experiência pessoal e contar a história.."O Sr. Sajudin espera que a verdade seja divulgada num futuro próximo", afirmou Marc Held..Acusações negadas.Em abril, Dino Sajudin já tinha revelado à CNN ter conhecimento de uma relação de Donald Trump com uma antiga funcionária, da qual resultou um filho. Contudo, naquela altura a AMI terá dito que a história não era credível e negou qualquer relação do antigo porteiro com o seu advogado..Nessa altura, a CNN terá questionado a Casa Branca sobre o assunto, mas não obteve resposta. Agora, contactou a AMI para confirmar se o antigo funcionário do presidente dos EUA pode falar sobre a história, mas ainda aguarda resposta..Recentemente, o antigo advogado de Trump, Michael Cohen, revelou ter trabalhado com a AMI para pagar a Karen McDougal, ex-modelo da Playboy, para que esta mantivesse em silêncio a ligação com Trump. Um acordo 'catch and kill' semelhante ao do ex-porteiro.