Inédito: Trump e Bloomberg estreiam anúncios políticos no Super Bowl

Cada 30 segundos no intervalo da final de futebol americano custam 5,5 milhões de dólares. Veja aqui estes anúncios políticos e alguns dos outros que os norte-americanos podem ver no intervalo do jogo entre os Kansas City Chiefs e os San Francisco 49ers.

Além do que se passa dentro das quatro linhas do campo de futebol americano, o Super Bowl é conhecido por outras duas coisas: os anúncios, nos quais as marcas gastam milhões de dólares, e o espetáculo ao intervalo. Este ano, a animação no jogo entre os Kansas City Chiefs e os San Francisco 49ers, em Miami, tem um som latino, com a atuação de Shakira e Jennifer Lopez. E, ao nível dos anúncios, faz-se história com a estreia de dois anúncios políticos.

Numa antecipação de um possível duelo nas urnas, o republicano Donald Trump e o democrata Michael Bloomberg gastaram milhões de dólares em anúncios durante o jogo deste domingo. O presidente norte-americano gastou 11 milhões de dólares em dois anúncios de 30 segundos, enquanto o ex-presidente da câmara de Nova Iorque gastou esse mesmo valor num só anúncio de 60 segundos.

No passado não tinham aparecido anúncios políticos por causa do preço e do facto de não poderem ser dirigidos diretamente a um eleitorado específico. Mas os dois candidatos são milionários (Bloomberg mais do que Trump) e o dinheiro não foi problema. Além disso, faz parte da estratégia do democrata chegar ao maior número de pessoas: e no ano passado, o Super Bowl foi visto por 98,2 milhões de pessoas.

O primeiro anúncio a passar será o de Trump. "A América pediu mudança e mudança foi o que tiveram", começa o anúncio do presidente norte-americano, que começa precisamente com imagens da vitória eleitoral de 2016. "Com o presidente Trump, a América está mais segura, mais forte e mais próspera", continua a voz off, passando depois para uma série de excertos de canais de notícias com referência à queda do desemprego. "E o melhor ainda está para vir", diz Trump num dos seus comícios no final do anúncio.

O segundo anúncio de Trump, de outros 30 segundos, só será revelado em direto.

Já o anúncio de Bloomberg, que não vai participar no caucus do Iowa que decorre nesta segunda-feira, foca-se na campanha que tem feito contra as armas e nem sequer menciona o eventual adversário. A voz é dada a Calandrian Kemp que conta como o filho, George Kemp Jr. queria ser jogador de futebol americano mas foi morto a tiro numa sexta-feira de manhã. "Eu só dizia, não me podem dizer que a criança que dei à luz já não está aqui", conta emocionada.

O anúncio inclui ainda dados sobre as vítimas de violência com armas (2900 crianças que morrem todos os anos) e sobre o trabalho que Bloomberg tem feito na área de controlo de armas.

Em conjunto, e ainda antes de passarem na televisão, os dois anúncios já foram vistos no YouTube por quase um milhão de pessoas (o mais visto é o de Bloomberg, que já ultrapassa as 700 mil visualizações).

Anúncios comerciais

Mas há muitos mais anúncios para lá da política e as marcas já os divulgaram também no YouTube.

A Amazon, por exemplo, pergunta "o que é que fazíamos antes da Alexa", o nome do assistente virtual da marca, pela voz da apresentadora Ellen DeGeneres e da sua mulher, a atriz Portia de Rossi.

No anúncio do Google, um homem começa por perguntar "como não esquecer", pedindo depois para ver fotos dele e da sua mulher (que já terá morrido) em vários momentos e pedindo que o Google lhe lembre de diferentes aspetos da vida de ambos.

Já o Facebook recorre ao humorista Chris Rock para o seu primeiro anúncio no Super Bowl, com o objetivo de promover os grupos dentro da plataforma.

Nos anúncios de carros, já são conhecidos os de marcas como a Audi, com Maisie Williams (mais conhecida pelo papel de Arya Stark na Guerra dos Tronos) a cantar a música de Frozen, Let it Go (Já Passou), ou da Hyundai, que conta com a participação de Chris Evans (o Capitão América dos filmes da Marvel), John Krasinski (do The Office) e a humorista Rachel Dratch a gozar com o sotaque de Boston.

Ao nível das cervejas e snacks, há o da BudLight, o da Budweiser ou dos Doritos ou Pringles.

Mais Notícias

Outros Conteúdos GMG