Homem morre ao ser atingido por bilha de gás atirada de 12.º andar
Um homem morreu no Rio de Janeiro nesta segunda-feira enquanto andava tranquilamente numa rua de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, ao ser atingido na cabeça por uma bilha de gás arremessada a partir do 12.º andar de um prédio. O objeto terá atingido uma velocidade de 125 quilómetros por hora.
"Uma bilha de gás em queda livre, atirada do décimo segundo andar de um prédio, leva entre três a quatro segundos para chegar ao solo, com aproximadamente 125 quilómetros por hora", afirmou Gerardo Portela, especialista em gestão de risco, em declarações à Globo.
"É um impacto letal para um ser humano. Mesmo que esse impacto tenha sido amortecido por um eventual toque num telhado ou num toldo. Mesmo assim é um impacto de grandes proporções", acrescentou Portela.
O caso, que aconteceu durante a tarde desta segunda-feira e provocou morte imediata do homem, deixou marcas de sangue na rua e chocou as testemunhas.
"Naquela altura eu estava dentro da banca. Quando ouvi o barulho, saí e vi a tragédia. É um trauma. Você fica com isso na cabeça. É horrível", contou Felizberto dos Santos, dono de uma banca de jornal na região, à Globo.
Outras testemunhas disseram que antes foram arremessadas partes de um fogão, que atingiram um carro que estava estacionado no local.
Imagens de videovigilância mostram o homem, que vendia frutas, a ser atingido.
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De acordo com as investigações, a bilha de gás foi atirada do 12.º andar por um homem de 33 anos, pedreiro de profissão, que foi preso e indiciado por homicídio. A irmã do suspeito disse à polícia que ele sofre de problemas mentais e que está em tratamento, uma versão confirmada por duas outras pessoas da empresa com a qual o homem tem contrato.
A vítima, um conhecido vendedor de frutas na zona de Copacabana, não tinha nenhum documento na altura do acidente, pelo que a identificação só será possível por impressão digital ou exame aos dentes.
Ainda assim, é necessário que algum familiar vá ao Instituto Médico Legal para reclamar o corpo. Se isso não acontecer no espaço de duas semanas, a vítima será enterrada como uma pessoa não identificada.