Homem atropelado 300 vezes no metro depois de ser confundido com raposa

As imagens captadas pelas câmaras de videovigilância mostram um homem a entrar no túnel do metro, presumivelmente a vítima mortal
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Um homem de 47 anos que residia em Maindstone, na Inglaterra, foi atropelado cerca de 300 vezes no metro de Londres. O seu corpo terá permanecido cerca de 14 horas no túnel que liga as estações de Holborn e Russel Square, na Piccadilly Line. O jornal The Sun estabeleceu uma média de 26 veículos por hora a passarem no troço acidentado, durante o tempo em que o corpo permaneceu no local.

De acordo com o diário britânico, o incidente terá ocorrido no dia 28 de dezembro de 2017, após uma composição do metro terá efetuado uma paragem de emergência, por volta das 11h30. O serviço acabou por voltar à normalidade após um dos trabalhadores do metro ter considerado que os restos mortais avistados eram de uma raposa morta na linha, situação que foi posteriormente relatada aos controladores em Earls Court. Foi ainda dito aos controladores que em 15 anos não tinham sido encontradas raposas mortas nos túneis da Piccadilly Line.

Só no dia seguinte foi confirmado que, afinal, o que pareciam ser os restos mortais de uma raposa eram na verdade o cadáver do homem, após as autoridades terem recolhido impressões digitais no local e encontrado um pé cortado ainda num sapato.

A British Transport Police refere que foi chamada ao local na madrugada de 29 de dezembro, pela 1h42, para reportar a existência de um cadáver no túnel entre Holborn e Russel Square, referindo-se ao homem de 47 anos. Foi enviado um prontuário para um legista, uma vez que não existem evidências de que o incidente tenha contornos suspeitos. As imagens captadas nesse dia pelas câmaras de videovigilância mostram efetivamente um indivíduo a entrar no túnel em Holborn.

Só em 2016 e em 2017 foram reportados 15 casos de suicídio no metro de Londres. Os responsáveis da Transport for London (TfL), a empresa gestora dos transportes públicos na capital britânica, dizem que só depois de o inquérito estar concluído é que deverão ser capazes de prestar mais declarações.

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