Explosão num depósito de armas obriga à retirada de milhares de pessoas

População de Balakleya, na Ucrânia, está a ser evacuada para outras cidades. Depósito tem 138 mil toneladas de explosivos e arsenal ocupa uma área de 368 hectares
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Milhares de pessoas estão a ser retiradas de Balakleya, em Kharkov, na Ucrânia depois de um incêndio ter atingido o maior depósito de armas do país. Há ainda relatos de explosões e casas com vidros partidos. Face ao perigo, as autoridades de Balakleya obrigaram a evacuação da cidade.

De acordo com informações disponíveis, foi criada uma zona de segurança de 7 quilómetros à volta do local da explosão e organizou dois pontos para onde os moradores se refugiaram. Segundo as autoridades ucranianas,espera-se saída de aproximadamente 15 mil da região.

Nos depósitos existem 138 mil toneladas de explosivos e que o arsenal ocupa uma área de 368 hectares.

A explosão, que foi seguida de um incêndio que até o momento não foi controlado, ocorreu durante a madrugada, provocando a detonação de vários depósitos com munições de artilharia.

"Não temos dados sobre eventuais vítimas", escreveu o procurador militar da Ucrânia, Anatoli Matios, na sua página na rede social Facebook, após dar conta do incidente.

O mesmo responsável indicou que foi montado um perímetro de segurança de sete quilómetros em torno do local da explosão e organizadas operações de evacuação da zona.

"Devido à possibilidade de aumento da área das explosões e do alcance dos fragmentos dos projéteis foi organizada [uma operação de] evacuação das localidades de Verbovka e Yakovenkovo", explicou.

A forte explosão ocorrida numa base militar na cidade de Balakleya, seguida de um incêndio que ainda não foi extinto, teve lugar por volta das 03:00 (01:00 em Lisboa).

Matios indicou que as investigações preliminares apontam que a explosão foi fruto de sabotagem.

Para o terreno foram mobilizados 250 bombeiros, apoiados por 50 viaturas.

Balakleya, cidade de perto de 30.000 habitantes, encontra-se na região de Kharkov, vizinha das de Donetsk e Lugansk, das quais parte se encontra sob o controlo das milícias separatistas pró-russas.

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