Esquerda enfraquecida para a segunda volta nas presidenciais do Uruguai

Há 15 anos no poder no Uruguai, esquerda alcançou vitória de sabor amargo na primeira volta deste domingo. Com 29,8%, Luis Lacalle Pou, do Partido Nacional, pode tornar-se o novo presidente do país a 24 de novembro
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Daniel Martínez, o candidato da Frente Ampla, a coligação de esquerda que há 15 anos governa o Uruguai, teve uma vitória de sabor bem amargo na primeira volta das presidenciais, que se disputaram este fim de semana no país.

Com apenas 40,4% dos votos, Martinéz registou uma quebra acentuada nas preferências dos uruguaios e terá agora de enfrentar na segunda volta, em 24 de novembro, o candidato do Partido Nacional, Luis Lacalle Pou, cujas perspetivas de vitória são agora muito reais.

Luis Lacalle Pou, filho do ex-presidente Luis Alberto Lacalle e com a experiência de já ter concorrido há cinco anos - nessa altura perdeu para Tabaré Vázquez - foi agora o segundo mais votado, como se esperava, mas superando as margens de votos que as sondagens lhe atribuíam: entre 22 e 27%. Ficou praticamente nos 30%, e já encetou negociações com os outros partidos da oposição para garantir o seu apoio para o derradeiro embate, a 24 de novembro.

O resultado desta primeira volta acaba por não surpreender. Esta é a nova correlação de forças que já se esperava face ao desgaste de década e meio por parte da Frente Ampla na condução dos destinos do país. Assim o indicavam também as sondagens.

Para vencer à primeira volta, Daniel Martínez, um engenheiro de 62 anos que foi eleito presidente da câmara de Montevidéu em 2015 (renunciou em abril deste ano para ser candidato à presidência), teria de ter alcançado 50% mais um voto. Não aconteceu. Tudo se joga a 24 de novembro.

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