Escola pede desculpa por disfarces de mexicanos e muro de Trump no Halloween
Um grupo de funcionários de uma escola primária da cidade de Middleton, no estado americano de Idaho, decidiu disfarçar-se no Halloween com símbolos mexicanos e representando um muro com uma frase do presidente Donald Trump - "Fazer a América grande novamente" -, o que gerou fortes críticas por parte dos pais e da população em geral. Confrontado com a situação, o responsável pela direção da escola publicou um vídeo, no qual pede desculpas pelo sucedido.
Segundo o The New York Times, em causa estão duas fotografias partilhadas na página do Facebook da escola, que entretanto foram retiradas. Numa das imagens, alguns funcionários surgem com ponchos, sombreiros e bigodes falsos, enquanto o outro grupo se apresentou com símbolos patrióticos americanos, atrás de um muro onde se lia a frase "Make America great again".
As fotografias partilhadas pela Middleton Heights Elementary School foram recebidas com indignação por parte da comunidade hispânica local. Aquele estado é predominantemente branco, diz a mesma publicação, sendo os hispânicos o maior grupo minoritário.
Num vídeo publicado na internet, Josh J. Middleton, responsável pela direção da escola, pediu desculpa pelo que aconteceu e adiantou que a situação já está a ser investigada.
"Se acho que houve uma intenção maliciosa nesta má decisão? Não, não acho. Se esteve envolvido um mau julgamento? Absolutamente", afirmou, admitindo estar "profundamente perturbado" com o facto de os funcionários terem usado roupas "insensíveis e inadequadas". "Nós abraçamos todos os alunos", assegurou o responsável.
Segundo o NYT, não são claras as razões pelas quais o staff da escola resolveu optar por estes disfarces, mas há relatos de pais que falam numa competição de fantasias entre docentes, que representavam vários países.
As autoridades responsáveis pela educação no estado de Idaho informaram entretanto que será a escola a tratar de qualquer ação disciplinar ou corretiva que venha a ser tomada.
De acordo com o Idaho Statesman, que cita um porta-voz da Comissão de Direitos Humanos, há a possibilidade de a agência que publica as leis antidiscriminação fazer a sua própria investigação sobre o incidente.
No ano letivo 2015/16, cerca de 12% dos alunos da escola em questão eram hispânicos.