'El Chapo' sem autorização para visitas íntimas e fechado 23 horas por dia

Líder do cartel de Sinaloa queixa-se das condições em que está detido, numa prisão de alta segurança em Manhattan, Nova Iorque
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Considerado um dos narcotraficantes mais poderosos do mundo, o mexicano Joaquin Guzmán, conhecido como 'El Chapo', foi extraditado há cerca de duas semanas do México e encontra-se agora numa prisão de alta segurança em Nova Iorque. Célebre por ter conseguido fugir duas vezes das prisões mexicanas - uma no cesto da roupa suja e, mais recentemente, através de um túnel aberto a partir da cela - 'El Chapo' tem vivido sob grandes restrições desde que chegou aos EUA.

Segundo os advogados do líder do cartel de Sinaloa, Guzmán, de 59 anos, não teve autorização dos serviços prisionais para visitas íntimas da mulher, a antiga Miss Emma Coronel, de 27 anos, que se queixa de não ter visto o marido desde que este foi extraditado para os EUA. E passa 23 horas por dia fechado na solitária do Centro Correcional de Manhattan, para onde foi levado e onde enfrenta acusações que poderão significar uma pena de prisão perpétua.

As queixas de 'El Chapo' foram apresentadas ontem, quando o narcotraficante foi ouvido por um juiz em Brooklyn; Guzmán declarou-se inocente de todos os crimes de que é acusado, revela a BBC, e que vão desde organização e incitamento de assassínios, tráfico de estupefacientes, lavagem de dinheiro, corrupção e comércio e distribuição de armas.

"Compreendemos a necessidade de segurança, mas consideramos que foi longe de mais", disse à imprensa Michelle Gelernt, uma das advogadas apontadas pelo tribunal para defender o mexicano. Já o juiz Brian Cogan assinalou que "o historial do arguido é de alguma forma incomum", referindo-se às fugas da prisão no México, e decidiu que serão os serviços prisionais a decidir em que condições é mantido 'El Chapo' e quem o pode visitar.

Quando esteve detido no México, os advogados de Guzmán denunciaram igualmente que o narcotraficante era sujeito a maus tratos na prisão de Ciudad Juárez. Um dos causídicos chegou mesmo a afirmar que o governo parecia querer "matá-lo antes de extraditá-lo".

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