E se, depois de tantas contas, houvesse um empate entre Trump e Biden?

O cenário, apesar de muito improvável, não é impossível e a Constituição norte-americana tem uma solução prevista para esse cenário.

O número total de eleitores no Colégio Eleitoral é par, 538, pelo que a corrida à Casa Branca pode sempre acabar empatada a 269. Em teoria o cenário não é impossível, nomeadamente no caso dos media que ainda não atribuíram o estado do Arizona a Joe Biden (como a AP já fez), mas não parece provável. Caso acontecesse, a eleição do presidente estaria nas mãos da Câmara dos Representantes.

Sem os 11 votos do Arizona para Biden, o democrata teria neste momento 253 e o presidente Donald Trump 214. Para o cenário de 269, o democrata só podia ganhar um estado, a Geórgia, que vale precisamente 16 votos. Biden está atrás de Trump neste estado, mas acredita que pode passar à sua frente.

Mas, para o empate, Trump teria que vencer todos os restantes estados, incluindo o Arizona que a AP já deu a Biden. Precisava depois dos seis votos do Nevada, onde está atrás do democrata, dos 20 da Pensilvânia, onde tem vindo a perder terreno, dos três do Alasca, tradicionalmente conservador, e dos 15 da Carolina do Norte, sendo que neste caso ambas as campanhas parecem de acordo em acreditar que continuará nas mãos dos republicanos.

Na prática, em caso de empate, a Constituição dos EUA diz que cabe à Câmara dos Representantes eleger o presidente. Cada estado tem direito a um voto, com 26 necessários para vencer. Apesar de os democratas terem mantido a maioria na Câmara dos Representantes, quando se dividem por estado, a vantagem vai para os republicanos.

Um vencedor tem de ser declarado até ao dia da tomada de posse, 20 de janeiro, sendo que, se não houver um, caberá à líder da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, assumir o cargo de forma interina.

Mais Notícias

Outros Conteúdos GMG