O primeiro debate entre candidatos no Brasil (vídeo)
Como sempre desde o regresso das eleições diretas democráticas, em 1988, a TV Bandeirantes (Band) vai ser a sede do primeiro debate entre candidatos ao Palácio do Planalto. Nesta madrugada (a partir das 02:00 em Portugal), oito dos concorrentes trocarão ideias numa longa sessão dividida em cinco blocos com direito a perguntas dos jornalistas do canal, do público e dos rivais. Mesmo ausente, o candidato do PT Lula da Silva, que lidera as sondagens que incluem o seu nome mas está detido numa prisão de Curitiba, promete ser protagonista.
A Band convidou para o programa mediado por Ricardo Boechat, um dos âncoras (pivôs) mais respeitados do país, Álvaro Dias (Podemos), Cabo Daciolo (Patriotas), Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (Rede), Jair Bolsonaro (PSL), Guilherme Boulos (PSOL), Henrique Meirelles (MDB) e Ciro Gomes (PDT). "É o tiro de partida, o debate não se esgota em si mesmo, vai reproduzir-se ao longo da campanha", disse Fernando Mitre, diretor de jornalismo da emissora.
Siga aqui o debate em direto:
Fernando Haddad, candidato a vice-presidente pelo PT, solicitou à justiça eleitoral que Lula participe. Caso não seja autorizado, pediu à Band para colocar uma cadeira vazia com o seu nome. E anunciou, de qualquer forma, a transmissão pela internet de "um debate programático", com a presença dele, da candidata a vice caso Lula seja impedido, Manuela D'Ávila, e perguntas de bloggers. "E vamos ganhar em audiência", afirmou o ex-prefeito de São Paulo.
No debate da Band, os candidatos respondem primeiro a perguntas de leitores do jornal Metro. Em seguida começam a questionar-se uns aos outros, pertencendo ao líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto Guilherme Boulos, do PSOL, a primeira pergunta. Henrique Meirelles, do MDB, ministro das finanças do governo de Michel Temer, será o último a interpelar um adversário.
No segundo e no quarto blocos do programa, caberá aos jornalista da Band fazer as perguntas. No terceiro, os concorrentes voltam a questionar-se uns aos outros. E no último há lugar a declarações finais - começando por Ciro Gomes e terminando em Meirelles.
Pelo meio, pode haver réplicas e tréplicas e, eventualmente, direitos de resposta de quem se sentir moralmente visado.
São Paulo