Casa Branca quer impedir livro de Bolton: "Tem informações confidenciais"
O advogado de John Bolton recebeu uma carta do Conselho Nacional de Segurança em que é dito que o livro não pode ser publicado na sua atual forma por conter informações que são "top secret".
A Casa Branca quer impedir a publicação do livro do ex-conselheiro de segurança nacional John Bolton, por estarem incluídas na obra informações confidenciais. O Conselho de Segurança Nacional diz que Bolton não pode publicar, na sua forma atual, um livro que contém alegadamente provas importantes para o julgamento de impeachment do presidente Donald Trump, noticia a AFP.
Relacionados
O Conselho de Segurança Nacional (CSN) disse, após uma revisão preliminar do manuscrito - um processo de verificação aplicado a qualquer funcionário da Casa Branca que escreva livros - que a obra contém "quantidades significativas de informações classificadas".
"Algumas dessas informações estão no nível Top Secret", disse o CSN numa carta enviada ao advogado de Bolton, Charles Cooper, acrescentando que "o manuscrito não pode ser publicado ou divulgado sem a exclusão dessas informações classificadas".
Subscreva as newsletters Diário de Notícias e receba as informações em primeira mão.
Segundo a CNN, a carta, datada de 23 de janeiro, diz que algumas das informações foram classificadas no nível "top secret", o que significa que podem "causar danos excecionalmente graves à segurança nacional".
"O manuscrito não pode ser publicado ou divulgado de outra forma sem a exclusão dessas informações classificadas", aponta a missiva.
O livro trata das memórias de Bolton na sua passagem pela Casa Branca e tem o título de "The Room Where It Happened: A White House Memoir" (A sala onde aconteceu: um livro de memórias da Casa Branca).
John Bolton foi conselheiro de Segurança Nacional até setembro passado. Depois de deixar a equipa de Trump, Bolton escreveu o livro em que revela que Donald Trump, alegadamente, fez depender a ajuda militar à Ucrânia de uma investigação de Kiev aos seus rivais políticos, concretamente a Joe Biden. A possibilidade de Bolton depor no Senado tem agitado o processo de destituição em curso.