"Brasil tem um governo de extrema-direita"
Entrou para o Itamaraty (Ministério das Relações Exteriores do Brasil) em 1963, passou pelos governos da Ditadura Militar e diz que nem nessa altura viu algo assim. "A política externa brasileira hoje é a negação até do decoro diplomático."
Aos 78 anos, Celso Amorim é um dos nomes mais respeitados de sempre da diplomacia brasileira, mas considera que o momento político, de assumir um cargo como o de vice ou até Presidente, já passou: "Estou muito velho já! Na próxima eleição já terei 80. Precisa de gente jovem." O mesmo não se pode dizer de Lula da Silva, que considera que se conseguir chegar como candidato às próximas eleições, em 2022, ganha. Mas isso, Lula ser candidato, é algo que não acredita que permitam que seja possível.
Por inerência de história pessoal, de experiência profissional, a mais de uma hora de conversa de Celso Amorim com o Plataforma rodou muito em torno da política externa, das relações do Brasil de hoje com o Mundo, e aí, disse várias vezes que não entende o que preside à subserviência aos Estados Unidos da América. Ou melhor, entende, só não acha concebível. "A submissão aos Estados Unidos é brutal, a submissão ao governo Trump é visceral."
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