Aliado e ex-assessor de Donald Trump foi condenado a 40 meses de prisão

Roger Stone foi considerado culpado de obstrução a uma investigação do Congresso, no caso da interferência russa nas eleições de 2016. "A verdade ainda importa", disse a juíza.
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O aliado de longa data de Donald Trump, Roger Stone, foi condenado a 40 meses de prisão, esta quinta-feira, por impedir uma investigação do Congresso, num caso sobre a interferência política do presidente dos EUA no sistema judicial.

Stone, veterano do Partido Republicano e um dos confidentes mais antigos de Trump, foi acusado em novembro de mentir no Congresso, adulterar o relato de uma testemunha e obstruir uma investigação da Câmara sobre se a campanha de Trump conspirou com a Rússia para manipular as eleições de 2016.

"A verdade ainda existe", afirmou a juíza Amy Berman Jackson ao pronunciar a sentença. "A verdade ainda importa. A insistência de Roger Stone de que isso não importa, a sua beligerância, o seu orgulho das próprias mentiras são uma ameaça para as nossas instituições mais fundamentais, para o próprio fundamento de nossa democracia."

Stone não foi imediatamente enviado para a prisão, pois Jackson disse que o trânsito da sentença seria adiado enquanto considerava um pedido de Stone para um novo julgamento.

Roger Stone é o sexto assessor de Trump - que foi alvo de impeachment no ano passado por abuso de poder, mas absolvido pelo Senado - a ser acusado na sequência da investigação do advogado especial Robert Mueller sobre a interferência nas eleições russas.

Donald Trump, sempre crítico da atuação da justiça neste caso da interferência da Rússia, já reagiu no Twitter e classificou a condenação de Stone injusta.

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