Mundo do retalho vai sofrer mais uma alteração colossal
"O retalho já viveu grandes transformações, mas esta vai ser absolutamente colossal, porque têm que interagir com o cliente, desde o primeiro momento, quando decide fazer a compra, a disponibilidade na loja, e conhecer bem todo o funcionamento do espaço físico para a compra, para que esta seja efeiciente, mas tem que ter em conta também o transporte do bem adquirido e o seu uso. Não é por acaso que algumas marcas estão a apostar em ser os melhores prestadores de serviços pós venda", explicou.
A primeira fase, os retalhistas terão que apostar muito "no marketing, e acima de tudo nas aplicações móveis, para estarem sempre presentes junto dos potenciais clientes", e depois, "é importante perceber que se vai viver em pleno uma combinação de compra no espaço fíosico e no online". Todas "estas soluções estão já a ser testadas, para dar respostas para um futuro próximo".
Para Paulo Magalhães haverá sempre a conjugação dos espaços de venda físico e virtual, porque e dá um exemplo, "compramos uma televisão e ela avaria. Foi comprada na Net e não tenho como fazer a reparação, ou então foi comprada na loja, e esta já está a última fase do novo desafio e tem a capacidade para fazer a reparação do produto".
Importante também é conhecer o cliente, "quer na loja quer no mundo virtual". E para esta questão dá um outro exemplo, "numa determinada encomenda estava descrito a compra de duas garrafas de litro de uma determinada água. Na altura não existiam em stock, e a loja decidiu enviar duas garrafas de litro e meio, da mesma água pelo preço das de litro. No entanto a consumidora reclamou. Quem quis saber a razão da reclamação, percebeu que a porta do frigorifico da cliente só tinha espaço para garrafas de litro, logo as outras não lhe interessavam".
Paulo Magalhães acredita que "os retalhistas com experiência, com várias lojas e com vontade de experimentar vão estar bem posicionados para este novo desafio", que irá implicar novas tecnologias, a a Tlantic está já a desenvolver.
A questão, recorda, "é que se antes o lojista tinha como principios a variedade, conveniência e preço, mas orientado pelos seus fornecedores, agora terá que estar orientado pelos seus clientes, a logística terá que mudar".
Quanto aos pequenos comerciantes, que não têm capacidade para estar no mundo virtual, nem grandes campanhas de marketing, o CEO da Tlantic entende que também terão o seu espaço. "Por exemplo a frutaria do bairro, conhece muito bem os seus clientes, quando compra já compra para lhes vender, e neste caso acompanha a dispensa do cliente, sabe dizer-lhe quando tem o produto que mais lhe agrada".
Para o grande retalhista a dispensa também é um fator a ter em conta, "e nestes casos as aplicações móveis e a televisão têm influência. Por exemplo, uma pessoa esta a cozinhar determinado prato e vê a televisão ou na net uma outra receita que lhe agrada, guarda os ingredientes dessa receita, coloca-os na sua lista de compras, e quando quiser fazer esse prato tem a garantia de ter os ingredientes. Ora tudo isto é informação importante para o retalhista, para estar à altura dos interesses dos clientes".
A Tlantic nasceu em 2004, mas apresentou-se ao mercado em 2012, com soluções para o retalho, porque como diz Paulo Magalhães, "nascemos dentro do mercado retalhista e tudo o que produzimos até hoje foi a partir dos problemas que o retalho vivia e precisava resolver. Ou seja, não somos uma empresa de tecnologia para o setor, mas temos o real conhercimento do setor para nos adiantarmos aos problemas".