Montenegro e a operação da PSP no Martim Moniz: "É muito importante para que haja visibilidade e proximidade no policiamento"
O primeiro-ministro considerou esta quinta-feira que a operação da PSP no Martim Moniz, em Lisboa, foi "muito importante" para criar "visibilidade e proximidade" no policiamento e para aumentar a sensação de tranquilidade dos cidadãos portugueses.
"Há uma coisa que me parece óbvia, é muito importante que operações como esta decorram, para que haja visibilidade e proximidade no policiamento e fiscalidade de atividades ilícitas", sublinhou Luís Montenegro, em conferência de imprensa, em Bruxelas, capital da Bélgica.
O primeiro-ministro considerou que as operações policiais de prevenção "têm um duplo conteúdo", ou seja, aumentar a "tranquilidade dos cidadãos, por um lado", e combater as "condutas criminosas".
O BE, o PCP e o Livre requereram esta quinta-feira a audição da ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, no parlamento para esclarecer a operação policial no Martim Moniz, considerando-a inadequada, desproporcional e passível de criar "alarme social".
A PSP realizou, na tarde desta quinta-feira, uma "operação especial de prevenção criminal" na zona do Martim Moniz, Lisboa, sobretudo para deteção de armas e droga.
Numa nota divulgada, o Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis) da PSP explicitou que a operação na freguesia de Santa Maria Maior teve como objetivo "alavancar a segurança e tranquilidade pública da população residente e flutuante" e que "está a decorrer na zona da Praça do Martim Moniz, área onde frequentemente se registam ocorrências que envolvem armas".
"Será visível que Governo tinha razão nas suas previsões" sobre excedente em 2025
O primeiro-ministro defendeu que "será visível que o Governo tinha razão nas suas previsões" sobre um excedente orçamental em 2025, garantindo que o executivo "não se vai distrair com querelas", mas antes "executar" o Orçamento do Estado.
"Será visível que o Governo tinha razão nas suas previsões", reagiu Luís Montenegro.
As declarações ocorrem dias depois de o Banco de Portugal (BdP) ter estimado que o país vai regressar a uma situação deficitária em 2025, com um défice de 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB), o que contraria as projeções do Governo de um excedente orçamental.
Vincando que "todas [as previsões de instituições internacionais] convergem com a posição do Governo, de que haverá crescimento económico no próximo ano e superavit no final do exercício", nomeadamente as da Comissão Europeia, Luís Montenegro admitiu que a projeção do BdP está "em contramão".
"Respeitamos, registamos, [mas] não nos vamos distrair com querelas", mas, antes, "vamos executar o Orçamento" a partir de 01 de janeiro de 2025, adiantou.
No Orçamento do Estado para 2025, o Governo estima um excedente de 0,3% em 2025, sendo que, segundo o plano orçamental de médio prazo enviado a Bruxelas, projeta também um saldo orçamental positivo até 2028.
Nas previsões do BdP, é indicado que o saldo orçamental deve "deteriorar-se" em 2025, para 0,1% do PIB, estimando-se ainda um défice de 1% do PIB em 2026 e de 0,9% em 2027.
Vê "com satisfação" nova metodologia de Costa no Conselho Europeu
O primeiro-ministro disse ver "com satisfação" a nova metodologia do novo presidente do Conselho Europeu, António Costa, por esta cimeira europeia, mais curta do que habitual e com menos conclusões escritas, ter permitido uma "discussão mais política".
"Esta foi a primeira reunião presidida por António Costa [...] e foi um motivo de satisfação para todos, mas naturalmente para o Governo português", dado ter existido "uma nova metodologia, na qual grande parte do tempo foi ocupada com a discussão mais política e menos burocrática ou técnica", disse Luís Montenegro, falando aos jornalistas portugueses à margem do primeiro Conselho Europeu liderado pelo antigo primeiro-ministro português, em Bruxelas.
Montenegro manifestou sempre, aliás, apoio a Costa na corrida à liderança do Conselho Europeu.
O primeiro Conselho Europeu presidido pelo novo líder da instituição, António Costa, foi hoje marcado pela presença do Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, para garantir apoio comunitário a Kiev face à invasão russa.
Nesta cimeira europeia de 'estreia', foi inaugurado um novo formato de um dia, para ser mais eficaz, em vez dos habituais dois.
Além disso, António Costa decidiu optar por menos conclusões escritas, num texto que aliás foi aprovado logo na manhã de quarta-feira pelos embaixadores dos Estados-membros e hoje endossado pelos líderes da UE, sendo que a última vez em que um texto foi acordado na íntegra na véspera de um Conselho Europeu foi em 2012.
No passado dia 01 de dezembro, António Costa começou o seu mandato de dois anos e meio à frente do Conselho Europeu, sendo o primeiro socialista e o primeiro português neste cargo.