Que tipo de utilizador do Facebook é?

É um construtor de relações, pregoeiro, "selfie" ou espectador?
Publicado a
Atualizado a

Em média, mais 1,2 mil milhões de pessoas passam pelo Facebook todos os dias ??????. Por mês são dois mil milhões. Um grupo de investigadores da Universidade Brigham Young, nos Estados Unidos, tentou explorar o que leva as pessoas a esta rede social e depois tentou dividi-las em categorias.

Com base em inquéritos e entrevistas, os investigadores identificaram quatro tipo de utilizadores: os construtores de relações, pregoeiros, "selfies" e espectadores (window shoppers).

Os construtores de relações fazem publicações com regularidade, respondem aos outros e usam as ferramentas que o Facebook oferece sobretudo para reforçar as relações que já existem fora do mundo virtual. "Usam a rede como uma extensão da vida real, com a famílias e amigos", explica Tom Robinson, um dos autores do estudo. As pessoas que pertencem a este grupo identificaram-se muito com afirmações como "o Facebook ajuda-me a expressar o meu amor pela minha família e deixa a minha minha família fazer o mesmo", por exemplo.

Para os pregoeiros, por outro lado, diz o artigo publicado no International Journal of Virtual Communities and Social Networking, os dois mundos, real e virtual, estão mais separados. Não se preocupam muito com a partilha de fotografias, histórias e outra informação sobre si próprios, mas sim com o que se passa no mundo - "querem informar as pessoas sobre o que se passa", explica Robinson. Assim, é mais comum partilharem notícias e anunciarem eventos.

Os "selfies" usam a rede social para se promoverem, diz o estudo. Tal como o primeiro grupo, partilham fotografias, vídeos e histórias, mas o foco está em conseguir atenção, gostos e comentários. A aprovação dos pares é um elemento muito valorizado por estes utilizadores.

Por fim, os espectadores (no estudo, em inglês, são referidos como window shoppers), sentem que têm de estar presentes no Facebook, mas raramente apresentam informação pessoal. Gostam, no entanto, de ver o que os outros estão a fazer e o que se passa na vida dos outros.

Para fazer este estudo, os investigadores construíram uma lista com 48 afirmações, potenciais razões que levam as pessoas à rede, pediram aos entrevistados para as classificarem de acordo com a pertinência, e depois fizeram entrevistas aos participantes.

E para que interessam esta categorias e etiquetas? Para os investigadores, os media sociais estão neste momento muito presentes em tudo o que fazemos e, apesar disso, "a maior parte das pessoas não pensa sobre porque o faz, mas se conseguirem reconhecer os seus hábitos, há pelo menos uma tomada de consciência", defende Kris Boyle.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt