A Ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, esteve esta quinta-feira reunida, no Algarve, com os presidentes das Câmaras Municipais de Albufeira e Loulé e com responsáveis da PSP, GNR, Proteção Civil e Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve, com o objetivo de “avaliar e fazer um ponto de situação das cheias que atingiram” a região e “recordar as medidas preventivas a serem seguidas pelas populações, nas próximas horas, em que se mantém o aviso à população quanto a precipitação, granizo e vento forte”..“O Governo está atento, daí a razão de, numa ótica de prevenção e de perceção no terreno daquilo que são as fragilidades das zonas historicamente sensíveis, relativamente ao risco de cheias e inundações, ter decidido verificar, localmente, a situação”, indica um comunicado enviado às redações..A ministra apela para que a população esteja sensibilizada para a possibilidade do agravamento das condições meteorológicas, siga as indicações e recomendações das autoridades e esteja atenta aos avisos emitidos pelas entidades competentes..“A nossa prioridade e o nosso compromisso é garantir a segurança das populações e, para isso, é fundamental coordenar esforços para uma resposta rápida e eficaz. O apoio do poder local, da Proteção Civil e das Forças de Segurança - PSP e GNR - são fundamentais para minimizar os eventuais impactos e apoiar as comunidades que vir a estar afetadas. SIGA AS INDICAÇÕES E RECOMENDAÇÕES DAS AUTORIDADES! NÃO QUEREMOS ALARMAR, MAS SIM PREVENIR!”, pode ler-se na nota do ministério da Administração Interna..O centro e o sul do país deverão ser particularmente afetados por agueiros fortes de granizo, acompanhados de trovoada, nos próximos três dias, segundo um alerta da Proteção Civil, para a possibilidade de fenómenos extremos de vento..Com base nas previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), a Proteção Civil emitiu um aviso à população segundo o qual se espera "maior potencial de severidade" no baixo Alentejo e no Algarve..Face às previsões, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil alertou para a possibilidade de inundações em zonas urbanas, cheias provocadas pelo transbordo de rios e ribeiras e derrocada de terras..Há também a possibilidade de contaminação de água potável por "inertes resultantes de incêndios rurais"..O arrastamento para as estradas de objetos soltos, ou desprendimento de estruturas móveis ou deficientemente fixadas, por efeito do vento forte pode "causar acidentes com veículos em circulação" e peões na via pública, especificou a Autoridade, em comunicado..No Algarve, a chuva intensa que caiu de manhã durante cerca de 20 minutos alagou estradas em Moncarapacho, no concelho de Olhão, e caves e lojas na baixa de Albufeira, disse à Lusa fonte da Proteção Civil..Albufeira foi o concelho do distrito de Faro onde se registou o maior número de ocorrências, das quais cinco na via pública, seguindo-se Moncarapacho, mas nenhuma delas com gravidade.