Macron anuncia Estado de Emergência em França. 9 cidades com recolher obrigatório

A evolução da pandemia em França levou o presidente Emmanuel Macron a decretar o Estado de Emergência. Além disso, nove cidades - incluindo Paris - vão ter recolher obrigatório, uma medida que entra em vigor no sábado e durará quatro semanas
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O presidente Emmanuel Macron, decretou o Estado de Emergência em França, numa tentativa de travar a escalada de contágios por covid-19 na segunda maior economia do euro. Além disso, nove grandes cidades - a região de Paris (conhecida por Île-de-France), Lille, Rouen, Saint-Etienne, Toulouse, Lyon, Grenoble e Aix et Montpellier -, vão ter recolher obrigatório, ficando os cidadãos a partir do próximo sábado obrigados a ficar em casa entre as 21h00 e as 6h00.

O recolher obrigatório estará em vigor durante, pelo menos, quatro semanas, indicou o presidente numa entrevista na televisão francesa, citada pela imprensa local.

"O nosso objetivo deve ser reduzir os contactos privados que são os contactos mais perigosos", disse o presidente francês, citado pelo Le Monde. França procura assim limitar os contactos entre pessoas que não pertençam à mesma família. Quanto ao recolher obrigatório aplicado em nove cidades, Emmanuel Macron admite que possa ser alargado a seis semanas - até 1 de dezembro - algo que requer luz verde do Parlamento. Por isso, neste momento, foi decretado para quatro semanas.

Defendendo que o recolher obrigatório se trata de uma medida "relevante" para travar o contágio, o presidente da França nota que se a população for "coletivamente responsável", reduzindo assim os contactos, será possível dentro de seis semanas começar a "reabrir gradualmente". "Sou muito prudente porque a experiência ensina-nos que não dominamos [a doença] e que não sabemos dizer tudo. Mas seis semanas é um período de tempo que nos parece útil. Quero que fique claro: o objetivo é permitir que a vida económica funcione e que as escolas e universidades estejam abertas e a funcionar", disse o presidente Macron, citado pelo Le Monde.

Os bares e restaurantes das nove cidades afetadas têm de encerrar portas a partir das 21h00, pelo que o Executivo prepara-se para implementar medidas para mitigar o efeito económico negativo sobre estas empresas. Vai ser permitido a redução de horário em setores como turismo, restauração, hotelaria, cultura e desporto. E Macron prometeu medidas adicionais para travar a falência de empresas devido ao recolher obrigatório.

(Notícia atualizada às 20:19)

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