Universidade do Porto e Ministério do Ambiente de Angola assinam acordo de cooperação

Luanda, 21 mai 2019 (Lusa) - O Centro de Investigação em Biodiversidade (CIBIO) da Universidade do Porto e o Instituto Nacional de Biodiversidade e Áreas de Conservação (INBAC) de Angola assinaram hoje, em Luanda, um acordo de cooperação para capacitação dos novos laboratórios biológicos angolanos.
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O acordo foi assinado durante uma conferência sobre a Biodiversidade de Angola, que decorre em Luanda, promovida pela Fundação Kissama, ocasião em que foi também lançado um livro que compila informações sobre a biodiversidade angolana dos últimos dois séculos.

Segundo o diretor do CIBIO, Nuno Ferrand de Almeida, o protocolo assinado com o INBAC, órgão do Ministério do Ambiente de Angola, visa sobretudo a "capacitação dos novos laboratórios que estão a ser construídos em Luanda".

"[O INBAC] beneficiará da experiência da colaboração que já temos há muitos anos. O CIBIO vai poder, em colaboração com os colegas angolanos, orientar como montar um laboratório dedicado à biologia das plantas e um laboratório dedicado à biologia dos animais", afirmou.

"Temos também questões específicas que nos são colocadas pelos nossos colegas angolanos, nomeadamente em relação ao Parque da Quissama e o desenvolvimento do herbário ali instalado, bem como aspetos gerais que queremos desenvolver com trabalhos em conjunto nos próximos anos", adiantou.

Em relação ao livro "Biodiversidade de Angola - Ciência e Conservação: Um Síntese Moderna", lançado hoje em Luanda, onde é também um dos editores, Nuno Ferrand de Almeida sublinhou que a versão inglesa do documento "está já a atrair a atenção de vários investigadores mundiais".

"O livro tenta fazer um sumário, que vai desde as principais paisagens e ecossistemas de Angola até aos principais grupos taxonómicos, desde as plantas aos animais, aos invertebrados e até os vertebrados, abordando de forma relevante algumas espécies como a Palanca Negra e a sua conservação", afirmou.

O livro, com 20 capítulos e mais de 700 páginas, conta com o prefácio do Presidente angolano, João Lourenço, que enaltece a "biodiversidade ímpar" de Angola.

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