PSP de Lisboa alarga programa Escola Segura e cria projeto Universidade Segura

A PSP de Lisboa alargou o programa Escola Segura ao ensino superior e criou o projeto Universidade Segura por considerar que existia "uma lacuna" ao deixar de acompanhar os alunos após o 12º ano.
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Uma das primeiras iniciativas do novo programa decorreu hoje na Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa (FAUL), onde a PSP admitiu que existia "uma lacuna" porque o programa Escola Segura só acompanhava os alunos até ao 12.º ano e, assim, ficava a sensação que deixavam o projeto sem o terminarem.

Numa sessão de esclarecimento, a PSP alertou os caloiros presentes para a necessidade de praxes seguras, dando a conhecer "os direitos que os caloiros têm".

Foram também abordadas questões como os direitos do caloiro e crimes realizados com alguma regularidade, nomeadamente os crimes de violação, injúria e devassa da vida privada.

Seis institutos do ensino superior vão ser o foco deste projeto, nomeadamente, as faculdades de Arquitetura, Veterinária e Ciências Políticas, os Institutos Superiores de Agronomia (ISA) e de Gestão (ISEG) e a Universidade Lusíada.

Com esta iniciativa a PSP pretende aproximar-se dos alunos e dar um esclarecimento maior acerca das suas atividades, esperando que a criminalidade baixe e que se sintam mais seguros com a sua presença.

O grande objetivo deste projeto-piloto é tornar esta atividade numa iniciativa a longo prazo e expandir-se a "nível nacional se os resultados forem positivos", revelou.

A sua expansão poderá inserir as cidades do Porto, Coimbra e a região do Algarve.

Segundo a PSP, pode afirmar-se que há "já bons resultados, nomeadamente, no que toca à relação entre a PSP e os estabelecimentos" de ensino.

Estas sessões permitem promover uma consciência de prática de praxes seguras e "melhorar a questão das praxes", acrescentou.

De acordo com o membro da direção da FAUL, Miguel Baptista-Bastos, "na Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa as praxes são muito criativas e são quase uma iniciação de um aluno do ensino secundário que entra no ensino superior".

O responsável reforçou ainda que, na faculdade, a praxe tem uma vertente muito didática.

Para Bruno Santiago, membro da Comissão de Praxes, é importante que os caloiros integrem as praxes para que possam conhecer os seus colegas mais velhos que os podem ajudar com "apontamentos e experiências das aulas", admitindo que "participam, sem dúvida, numa praxe segura e nunca houve uma queixa nas autoridades relativamente" àquela faculdade.

"Não é obrigatório e quem não participa não é excluído do percurso académico", reforça o membro da comissão.

Para já o projeto-piloto da Universidade Segura é promovido pela PSP de Lisboa através da Divisão que abrange as zonas de Campo Ourique, Estrela, Alcântara e Belém.

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