Presidente do Brasil confirma autorização para privatização dos Correios

São Paulo, 26 abr 2019 (Lusa) -- O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, confirmou hoje a intenção do Governo brasileiro de privatizar os Correios.
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"Demos OK para estudo da privatização dos Correios", escreveu o Presidente brasileiro na rede social Twitter.

Para justificar a venda da empresa pública, Bolsonaro acrescentou na sua mensagem que "a empresa foi o início do foco de corrupção com o mensalão, deflagrando o Governo mais corrupto da história. Com o Foro de SP destruíram tudo nome da Pátria Bolivariana".

O chefe de estado brasileiro já disse que pretende, antes de vender a estatal, apresentar os prejuízos financeiros com os desvios no fundo de pensão Postalis, mantido pelos trabalhadores dos Correios, que esteve envolvido em escândalos de corrupção.

Durante a campanha presidencial, Bolsonaro declarou a sua intenção de vender os Correios, mas após a posse a privatização ficou em suspenso.

Numa nota que reponde a uma reportagem do jornal Gazeta do Povo, que foi publicada no blogue dos Correios, na última quinta-feira, a empresa estatal brasileira defendeu que a privatização "será uma perda para o país".

"A privatização pura e simples do correio brasileiro será uma perda tanto para o país quanto para a sociedade. Apenas em poucos países, todos de dimensões reduzidas, o serviço postal está nas mãos da iniciativa privada. A DHL, por exemplo, é resultado de uma política pública de capitalização do correio da Alemanha. Em vez de privatizar o correio alemão, o Governo optou por capitalizá-lo e fez uma abertura parcial de capital - o controle continua com o Governo", diz o texto.

"Em contrapartida, a privatização do correio de Portugal, assim como da Argentina (que teve que ser reestatizado, porque a privatização piorou os serviços), não trouxe os resultados positivos tão desejados", concluiu-se no comunicado dos Correios.

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