PR angolano aprova empréstimo de 422 milhões de euros do Crédit Agricole
A informação consta de um despacho presidencial de 15 de dezembro, ao qual a Lusa teve hoje acesso, aprovando os termos do acordo-quadro de financiamento de uma linha de crédito pela Crédit Agricole Corporate and Investment Bank (CACIB).
Contudo, apesar de manter a dimensão do valor, o mesmo despacho revoga o anterior, assinado por José Eduardo dos Santos, de 05 de maio de 2017, estabelecendo novas condições, não divulgadas.
Mantém-se o objetivo deste financiamento, que de acordo com a mesma autorização presidencial passa por garantir a "continuidade e a concretização do Programa do Governo relativo à execução de projetos inseridos no Programa de Investimentos Públicos e de outros programas e projetos de interesse nacional enquadrados no Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017".
Além disso, a contratação do financiamento junto do grupo francês enquadra-se na "estratégia do Governo" de "diversificação das fontes de financiamento para a cobertura das despesas inerentes à execução de projetos de investimento público necessários ao desenvolvimento económico e social do país".
Angola vive desde finais de 2014 uma profunda crise financeira, económica e cambial, decorrente da quebra nas receitas com a exportação de petróleo, necessitando de amamentar o endividamento do Estado para estimular a economia através de investimento público.
A dívida pública governamental angolana deverá atingir no final do ano os 52,7% do Produto Interno Bruto (PIB), mais do que duplicando em quatro anos, até ao equivalente a 62,8 mil milhões de dólares (53 mil milhões de euros).