Parlamento aprova voto de pesar por arquiteto Hestnes Ferreira

O parlamento aprovou hoje, por unanimidade, um voto de pesar e cumpriu um minuto de silêncio pela morte do arquiteto Raul Hestnes Ferreira, no domingo, aos 86 anos, lembrado pela sua extensa obra.
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O voto de pesar, apresentado pelo Bloco de Esquerda, lembra o percurso pessoal e profissional de Hestnes Ferreira, entre ele o projeto do bairro das Fonsecas e Calçada, em Lisboa, "criado no âmbito das brigadas SAAL, e o das Cooperativas Unidade do Povo e 25 de Abril", dos tempos pós-revolução de Abril.

O arquiteto Raul Hestnes Ferreira morreu no domingo à noite, em Lisboa, cidade onde nasceu, em 1931.

O gosto pela arquitetura surgiu-lhe muito cedo devido ao contacto com Francisco Keil do Amaral.

Estudou na Escola Superior de Belas Artes, em Lisboa, onde recebeu o diploma de arquiteto, em 1961, foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, nos Estados Unidos, na Universidade de Yale e na Universidade de Pensilvânia, depois de ter passado pela escola de Helsínquia, na Finlândia.

Filho do escritor José Gomes Ferreira (1900-1985), Hestnes Ferreira projetou também a Casa da Cultura de Beja ou a Casa de Albarraque, que desenhou para o pai, em Cascais.

Fez a remodelação e valorização do Museu de Évora e esteve entre os finalistas a concurso para a Ópera da Bastilha, em Paris.

Entre os projetos habitacionais, conta-se o do bairro das Fonsecas e Calçada, em Alvalade, em Lisboa, das cooperativas Unidade do Povo e 25 de Abril, que remonta a 1975.

Recebeu o Prémio Nacional de Arquitetura e Urbanismo, da secção portuguesa da Associação Internacional de Críticos de Arte, o Prémio Nacional de Arquitetura da antiga associação de arquitetos (anterior à Ordem) e o Prémio Valmor.

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