OPEP passa a ter hoje 14 sócios com entrada da Guiné Equatorial

A Guiné Equatorial foi aceite hoje pela Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) como o sócio número catorze numa breve cerimónia na sede do grupo petrolífero em Viena.
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O presidente rotativo da OPEP e ministro da Energia saudita, Jalid al Falih, deu as boas-vindas ao novo sócio durante o discurso de abertura da 172.ª conferência ministerial da organização que se realiza hoje em Viena.

Numa breve cerimónia perante a imprensa, Al Falih entregou a bandeira da organização ao ministro de Minas, Indústria e Energia da Guiné Equatorial, Gabriel Obiang Lima, que agradeceu a aceitação do país no seio do grupo.

A Guiné Equatorial passa, assim, a ser a sexta nação africana da OPEP, depois de Angola, Argélia, Gabão, Líbia e Nigéria, e o segundo menor produtor entre os sócios, já que a produção, que em abril se situou em 0,3 milhões de barris por dia, supera a do Gabão.

A antiga colónia espanhola, de 1,2 milhões de habitantes, tinha apresentado o pedido em janeiro, depois de ter aderido em dezembro de 2016 ao acordo geral de redução da produção da OPEP e de outros 11 grandes produtores.

Os agora 14 sócios da OPEP estão reunidos hoje com os outros dez produtores independentes que participam no acordo de corte da produção, de 1,8 milhões de barris por dia, em vigor desde 01 de janeiro e que termina em 30 de junho próximo.

Antes do início do encontro, os ministros mostraram-se unânimes a favor da manutenção da limitação da oferta global por mais nove meses, até março de 2018.

"O plano agora é mantermo-nos constantes e passar os nove meses a monitorizar (o mercado) e logo decidir", declarou hoje o ministro do Petróleo da Arábia Saudita, Jalid al-Falih, antes do início da reunião ministerial da OPEP.

O representante do líder natural da OPEP insistiu no período de nove meses, até finais de março de 2018, e afastou a hipótese de se aplicarem outros cenários, como o de um prolongamento de seis meses prolongável por três meses, sempre a partir de 30 de junho próximo, quando se vence o acordo que entrou em vigor em 01 de janeiro último.

Um prolongamento de maior amplitude, de 12 meses, também foi afastado porque podia supor muita pressão para alguns produtores, explicou o ministro do Petróleo do Kuwait, Esam al Marzu

"O corte que aplicámos em dezembro está a funcionar e vemos uma importante descida das reservas", resumiu al-Falih, referindo-se às reservas de petróleo e que, no caso dos países que mais consomem, estão muito acima da média dos últimos cinco anos.

Contudo, o ministro venezuelano recordou que a medida tem que ser confirmada hoje "com todos os países membros do acordo".

Tanto Al-Falih como Martínez coincidiram que o prolongamento do corte incluirá manter sem mudanças as atuais quotas de produção.

Al-Falih comentou que a Líbia e a Nigéria, ambos da OPEP, continuarão sem participar na política de cortes até que se estabilizem as situações de insegurança interna em ambos os países, que afetam a capacidade de produção.

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