Mortes por cancro reduziram produtividade nos BRICS em 46.200 milhões de dólares

O Brasil, a Rússia, a Índia, a China e a África do Sul (BRICS) perderam 46.200 milhões de dólares em produtividade no ano de 2012 devido às mortes prematuras relacionadas com tumores, segundo a Agência Internacional de Investigação do Cancro.
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"Estudar o impacto económico do cancro nas economias emergentes leva-nos a pensar a importância de travar cancros evitáveis nestes países. Não se trata apenas do elevado custo humano, mas também do seu impacto na economia", disse a principal autora do relatório, publicado no "Journal Cancer", Alison Pearce.

Os países emergentes BRICS, que representam mais de 40% da população mundial e 25% da riqueza produzida, acumulam 42% das mortes relacionadas com cancro.

A Agência Internacional de Investigação do Cancro, com sede em Lyon (sudeste de França), apela a estes países que "promovam mudanças no estilo de vida", nomeadamente o sedentarismo, a ingestão de álcool ou o consumo de tabaco, para prevenir esta doença.

O organismo pede também mais políticas de saúde e exemplifica com a vacinação contra o vírus da hepatite B para prevenir o cancro do fígado, que afeta sobretudo a China, ou contra o vírus do papiloma humano (VPH), para evitar o cancro do colo do útero.

A agência alerta para o "rápido crescimento dos índices de obesidade" no Brasil como um fator de risco, tal como o tabaco.

"Apesar das bem-sucedidas políticas de controlo de tabaco, como a implementada no Brasil, esta substância permanece como um significativo aumento do risco" tanto no Brasil como na África do Sul, dizem os autores do estudo.

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