Matosinhos estuda drenagem de águas pluviais de ribeira para fora de praia

A Câmara Municipal de Matosinhos está a estudar com a do Porto uma solução para que as águas da Ribeira da Riguinha deixem de drenar para a Praia Internacional, o que deverá passar pela colocação de um exutor submarino.
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A informação foi avançada pelo vereador do Ambiente da Câmara Municipal de Matosinhos, Correia Pinto, no final da reunião pública deste executivo, depois de ter sido questionado sobre a monitorização da água nas praias do concelho.

Correia Pinto explicou que a Ribeira da Riguinha é "resultado da drenagem" das águas pluviais que vêm de quase todo o concelho de Matosinhos e que levam dejetos de animais e lixos que são, consequentemente, escoados para a Praia Internacional, pertencente ao Município do Porto.

"Aquilo não é bom em sentido nenhum e ninguém gosta, como é natural, de ver aquilo daquela forma", disse.

Por esse motivo, o vereador explicou que Matosinhos está a estudar com o Porto uma solução que retire da praia esse ponto de drenagem, para que esse fique a uma "distância significativa".

A solução deverá estar na colocação de um exutor submarino com cerca de 300 metros, adiantou.

Em paralelo, Correia Pinto avançou que a Câmara de Matosinhos está a realizar um estudo ao longo de toda a Ribeira da Riguinha, tal como aconteceu em 2003, para identificar todos os focos de poluição e "realidades" que não estejam associadas às águas pluviais, nomeadamente drenagens clandestinas.

"O que nós queremos identificar não é o que deriva das águas, isso é um fenómeno natural, a ideia é ver se para além destas há realidades que não estejam associadas a fenómenos naturais, nomeadamente drenagens clandestinas", frisou.

O vereador do Ambiente contou que o estudo de 2003 identificou alguns focos de poluição que, posteriormente, foram resolvidos.

Sobre a monitorização da água, e depois de em 2018 ter havido várias críticas por parte de surfistas, Correia Pinto explicou que a autarquia faz esse controlo todo o ano, e não apenas na época balnear, para ter dados que permitam atestar ou não as condições adequadas para a sua utilização.

Essas análises são feitas duas vezes por semana, nas praias de Matosinhos e Leça da Palmeira, e em regra os resultados são positivos, exceto quando chove estando isso relacionado com a drenagem das águas da ribeira, explicou.

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