"Um futuro em que a Interpol vai esforçar-se em apoiar as forças policiais em África e sobretudo na zona austral sempre como prioridade. Mas os nossos esforços só podem surtir efeito se receberem apoio político a nível nacional", afirmou o responsável daquela força..Jurgen Stock falava em Luanda, na cerimónia de abertura da 23.ª reunião geral anual do Subcomité de Chefes/Comandantes de Polícia da África Austral (SARPCCO), do Comité Interestatal de Defesa e Segurança da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), tendo apelado a uma maior coesão entre as forças de segurança deste bloco.."Hoje, a cooperação internacional e regional devem trabalhar juntos como uma força coesa, nós vemos a necessidade crescente desta sinergia face à complexidade crescente das atividades criminais transfronteiriças", afirmou. .Após passar em revista várias operações conjuntas realizadas recentemente entre os países da SADC sob coordenação da Interpol, Jurgen Stock acrescentou que "chegou o momento de consolidar ainda mais esta relação existente".."Para estas novas iniciativas a Interpol está disposta a apoiar as vossas atividades em África e nos respetivos países da SADC", garantiu..Durante a sua intervenção, o secretário-geral da Interpol fez saber ainda que o organismo que dirige decidiu com o SARPCCO lançar um programa que visa capacitar as estruturas nacionais da Interpol em África.."Com este programa visamos munir os nossos profissionais de primeira linha de equipamentos mais recentes para uma rede segura na sua atuação e numa vigilância permanente em 24 horas por dia", garantiu..Referindo-se aos temas que nortearam esta 23.ª reunião geral anual do Subcomité de Chefes/Comandantes de Polícia da África Austral, como medidas de combate aos crimes transnacionais, Jurgen Stock anunciou que "está em curso", um clico de formação "com vista a abertura de unidades analíticas nos Estados membros da organização", no continente africano..Uma outra iniciativa tomada pela Interpol, referiu, visa "responder às necessidades dos países a prazo mais longo" e prevê a "coordenação das ações policiais transfronteiriças que são importantes, para produzir resultados imediatos e tangíveis".. "Este é um assunto de um compromisso permanente e a Interpol e os países da SARPCCO verão muitos resultados ao longo dos anos", apontou..Fazem parte deste bloco regional as polícias da África Austral Angola, Botsuana, Suazilândia, República Democrática do Congo, Lesoto, Madagáscar, Malaui, Ilhas Maurícias, Moçambique, Namíbia, Ilhas Seicheles, África do Sul, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabué..Angola é a presidente cessante do Subcomité de Chefes/Comandantes de Polícia da África Austral, cabendo a próxima presidência de um ano à Zâmbia.