Vítimas de bombas de fragmentação diminuíram em 2017 - ONU

O número de vítimas de munições de fragmentação baixou em 2017 para 289, três vezes menos do que as 971 mortes registadas em 2016, segundo um relatório da Coligação da ONU contra as Bombas de Fragmentação.
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Das 289 mortes contabilizadas no Cluster Munition Monitor 2018, hoje divulgado em Genebra, a maior parte ocorreu na Síria (187) e no Iémen (54).

O total de vítimas do ano passado foi o valor mais baixo registado desde que, em 2012, voltou a ser relatado o uso destes projéteis na Síria.

De 2012 a 2017, a maioria das vítimas a nível global foi registada em Síria (77%).

Os civis representam 99% da vítimas desta arma de natureza "indiscriminada e desumana".

Em 2017, as bombas de fragmentação provocaram mortes em oito países e duas regiões: Camboja, Iraque, República Democrática Popular do Laos, Líbano, Sérvia, Síria, Vietname e Iémen, bem como Nagorno-Karabakh e Saara Ocidental.

Desde a década de 60, quando os Estados Unidos realizaram ataques com este tipo de arma no sudeste asiático e no Laos foram contabilizadas mais de 21.614 baixas.

O documento revela também que, dez anos depois de ser adotado pela comunidade internacional, a convenção que baniu as armas de fragmentação está a ser maioritariamente cumprida pelos estados signatários (103 com a adição recente do Sri Lanka), que já destruiram 99% das munições armazenadas, eliminado um total de mais de 1,4 milhões bombas de fragmentação e 177 milhões de submunições.

Desde o último relatório, publicado em agosto de 2017, Croácia, Cuba, Eslovénia e Espanha completaram a destruição dos seus 'stocks'.

Só em 2017, sete signatários destruíram um total de 33.551 munições e mais de 1,7 milhões de submunições.

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