Programa de Intercâmbio de startups do Brasil e de Portugal será lançado na Web Summit - Governo
"Viemos aqui concretizar um protocolo assinado pelo Ministério da Economia sobre intercâmbio de startups do Brasil e de Portugal (...). O projeto será apresentado na Web Summit 2018", disse à Lusa após um evento realizado na Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), no Brasil.
O protocolo de cooperação a que se referiu a Secretária de Estado foi assinado em 2016 pelo ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, e o presidente da Federação da Fiesp, Paulo Skaf, para promover a internacionalização de empresas com elevado potencial de crescimento e de base tecnológica nos dois países.
"Hoje nós também fizemos uma apresentação do ecossistema empreendedor português e das nossas políticas de atração de empreendedores e startups (...). O nosso objetivo foi desde logo dar a conhecer [aos brasileiros] o ecossistema de políticas pública para a área de empreendedorismo que temos desenvolvido", acrescentou Ana Teresa Lehmann.
A Secretária de Estado disse esperar que o projeto, que deve ser lançado no evento de tecnologia em Lisboa, leve startups dos dois países a investirem em processos de internacionalização e que funcione também como um elemento de atração de fundos de investimento.
"[o nosso objetivo é ter] mais empresas, mais investimentos, mais cofinanciamento e mais empreendedores a circular", afirmou.
O presidente da Federação das Câmaras Portuguesas no Brasil, Nuno Rebelo de Sousa, disse, durante o mesmo evento organizado na Fiesp, que está a trabalhar para criar um espaço especial para empreendedores brasileiros dentro da Web Summit 2018.
"Hoje temos negociado um ponto dentro da Web Summit e pedimos uma ajuda do Governo [brasileiro] para subsidiar esta ideia. É um projeto muito difícil porque os contratos que estão feitos entre o Governo português e a entidade que gere o evento não permite que isto aconteça. Estamos a negociar diretamente com a Web Summit um espaço para esta missão Brasil - Portugal, mas sabemos que ter um espaço no evento é muito caro", disse à Lusa.
"A viabilidade deste projeto vai depender de duas coisas. Uma seria um interesse grande de startups brasileiras que querem ocupar este espaço no evento e ter um balcão para negociar e receber investidores durante três dias. Outra forma seria conseguir um patrocínio de uma entidade que queira pagar e colocar o seu nome no fundo deste espaço", acrescentou.
Nuno Rebelo de Sousa também lembrou que o interesse dos brasileiros no evento, que se realizará novamente em Portugal, é crescente.
"Em 2016 foram 35 empresários brasileiros. No ano passado este número passou para 75 empresários e para 2018 o nosso objetivo é dobrar para 150 participantes", concluiu.