Segundo a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa, os 14 arguidos foram detidos por suspeitas de associação criminosa, fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e tráfico de droga..Os arguidos, desde pelo menos 2017 e de forma organizada e com tarefas distribuídas entre si, constituíram uma rede de sociedades comerciais, maioritariamente unipessoais e sem atividade comercial efetiva, através das quais desenvolveram um esquema de fraude ao IVA em território nacional, na aquisição/comercialização a retalho de equipamentos de telecomunicações..As várias sociedades comerciais, adianta a PGDL, após comprarem produtos nos países comunitários, vendiam de forma fictícia os artigos a outras sociedades da rede, operando a "quebra de preço" da mercadoria..As faturas fictícias provam que os bens eram vendidos a um valor aproximado ao preço já com 23% de IVA que não chegava a ser liquidado ao Estado..Para dissimular os proventos obtidos, os arguidos efetuavam depois diversas operações de transferência dos elevados montantes entre as diversas contas bancárias das várias sociedades da rede..Entende o Ministério Público que "os arguidos agiram com o intuito de obterem um elevado benefício económico, em prejuízo do Estado/Fazenda Nacional"..Além da prisão preventiva e apresentações diárias/semanais às autoridades, todos os arguidos estão proibidos de contactos entre si (com exceção de um pai e filho e de dois outros que trabalham juntos) e um dos suspeitos, contabilista certificado, ficou ainda proibido de exercer a atividade.