Óbito/António Escudeiro: Governo destaca técnica e criatividade do cineasta

O realizador de cinema e diretor de fotografia António Escudeiro, que morreu na sexta-feira passada, aos 85 anos, foi um "defensor da cultura portuguesa, reconhecido pela sua técnica e criatividade", salienta o ministro da Cultura, em comunicado hoje divulgado.
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"António Escudeiro foi um cineasta completo e deixa um legado imenso ao cinema e audiovisual nacional. Muitas das suas obras enquanto realizador, bem como o seu trabalho de fotografia com diversos realizadores icónicos do cinema português, deram um contributo de relevo e de qualidade para a história da cinematografia em Portugal", lê-se na nota de imprensa, assinada por Luís Filipe Castro Mendes.

O ministro da Cultura recorda que António Escudeiro, como diretor de fotografia, "assinou filmes como 'Kilas o Mau da Fita' (1980), 'Os Demónios de Alcácer Quibir' (1976), o documentário 'Separados Nós' (1999) ou a curta-metragem 'Velocidade de Sedimentação' (2008)", além de "cerca de 45 curtas, longas-metragens e documentários", tendo realizado "mais de 200 filmes publicitários".

António Escudeiro, de 85 anos, morreu na sexta-feira passada, em Lisboa, vítima de doença prolongada, informou a Associação Portuguesa de Imagem, da qual era sócio honorário.

No percurso de António Escudeiro, encontram-se também vários programas e documentários para a RTP, a partir de 1970, como "Cantigamente" (1976), e filmes como "Velocidade de Sedimentação" (2008), uma curta-metragem protagonizada por Ana Padrão e Miguel Borges, e o documentário "Separados Nós" (1999).

"A sua contribuição para a direção de fotografia é de reconhecido mérito pela qualidade e pela presença constante da sua técnica e criatividade ao longo de 35 anos de experiência", disse em comunicado a Associação Portuguesa de Imagem.

António Escudeiro nasceu na cidade do Lobito, no sul de Angola, em 02 de julho de 1933, e, entre outras atividades, assinou, com o historiador de arte Vítor Serrão, o argumento do documentário "Para Josefa", sobre a pintora Josefa d'Óbidos, que também realizou.

Escudeiro trabalhou com realizadores como Paulo Rocha, António de Macedo, José Fonseca e Costa, José Manuel Lopes, Vicente Jorge Silva e Fernando Lopes.

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