Na segunda sessão do Roteiro Inovação 2018, dedicada à inteligência artificial e que percorre hoje os concelhos de Palmela, Almada e Setúbal, António Costa defendeu que é preciso "ir mais além" e "criar centros de competências que permitam reforçar a capacidade de a Administração Pública agir e pensar".."Amanhã mesmo o Conselho de Ministros avançará para a criação de um segundo centro de competências de grande importância estratégica que tem a ver com os serviços informáticos", anunciou, numa sessão na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, na Caparica, concelho de Almada,.De acordo com o primeiro-ministro, esta "é uma área em que a administração pública tem particulares dificuldades".."Não porque o sistema universitário e politécnico não esteja a produzir quadros de excelente qualidade, mas porque a Administração Pública tem revelado manifesta dificuldade em ser capaz de competir com as ofertas que existem no setor privado para a contratação", explicou..A única forma, na opinião de António Costa, de responder a esta dificuldade "não é pulverizando e atomizando as clássicas capelinhas da Administração Pública".."Mas é, pelo contrário, sendo capazes de concentrar em centros de competência onde possamos bater-nos com o setor privado para recrutar os melhores", concretizou..Para o chefe do executivo é evidente: "se nós queremos ter um Estado mais eficiente é essencial que o Estado não deixe de investir em si próprio"..O primeiro centro de competências que foi criado, recordou Costa, "foi na área dos serviços jurídicos para que a Administração Pública se possa libertar da necessidade de contração externa".