Dirigido por Maria Franco, "p.s. Carmen" é um espetáculo de dança contemporânea com estreia integrada na 26.ª Quinzena de Dança de Almada, que acompanha a par e passo o enredo da ópera "Carmen", de Bizet (1838-1875)..O espetáculo propõe uma visão centrada na figura da protagonista, Carmen, "um corpo feminino vítima da sua beleza hipnotizante", enquanto "fêmea que não esconde os seus instintos" e que "captura as suas presas", ao mesmo tempo que "também é seduzida no engano, sofrendo o reverso da medalha", segundo a sinopse do espetáculo..Carmen, José e Micaela são os 'vértices' de um triângulo amoroso que questiona os limites do amor, da paixão e da obsessão..A coreografia, segundo a sua apresentação, "transpõe para cena a vivência de uma mulher com a qual nos podemos identificar, independentemente do género".."Carmen" tem criação coreográfica de Margarida Belo Costa, interpretação de Beatriz Rousseau, Bruno Duarte, Francisco Ferreira, Joana Puntel, Luís Malaquias, Mariana Romão e Raquel Tavares, enquanto a música de Georges Bizet (na versão dirigida por Neville Marriner), se conjuga com Pan Sonic. A cenografia e os figurinos são de Joana Subtil e Mafalda Matos, e o desenho de luz de Hugo Franco..No regresso de férias, a Companhia de Teatro de Almada (CTA) vai apresentar, nos dias 22 e 23 deste mês, na sala Experimental, a peça "Justiça", produção da Companhia de Teatro de Braga. .Com encenação de Rui Madeira e texto de Camilo Castelo Branco (1825-1890), trata-se, segundo a CTB, de um "drama de faca e alguidar", de um autor cuja obra dramática "está ainda longe de conhecer a popularidade dos seus romances".."Justiça" estreou-se em 1856 e centra-se em Inês, uma jovem que vive desapontada com a indiferença do homem que ama -- e que a raptou --, e angustiada com a possibilidade de sua mãe se ter suicidado..O pai de Inês, um fidalgo que fez fortuna no Brasil, está, contudo, disposto a punir o "sedutor de virgens que manchou para sempre o bom nome da filha, nem que para tal tenha de fazer justiça pelas suas mãos"..A peça, segundo Rui Madeira, contém as "forças motrizes da produção novelística" de Camilo Castelo Branco, que se distinguiu como um dos maiores escritores e jornalistas portugueses do século XIX..A interpretar "Justiça" estão André Laires, António Jorge, Carlos Feio, Eduarda Pinto, Jaime Monsanto, Rogério Boane e Solange Sá..A cenografia é de João Dionísio, os figurinos de Manuela Bronze, enquanto a criação de vídeo e som são de Frederico Bustorff e Pedro Pinto, respetivamente..No dia 22, haverá ainda uma oficina de arquitetura dirigida às crianças direcionada para a descoberta do Teatro Municipal, inspirada no texto de "A gaivota", de Tchekov.