Geoparques de Arouca e da China assinam acordo que trará mais visitantes a Portugal
O protocolo será assinado quarta-feira, nos Açores, e tem por base o entendimento comum de que a cooperação entre esses dois geoparques da rede UNESCO resultará em "oportunidades mutuamente benéficas para as comunidades, os cidadãos e as organizações dos seus territórios".
Em termos práticos, José Artur Neves acredita que o acordo "vai potenciar mais visitas ao Geoparque de Arouca por grupos asiáticos, que são os que mais apreciam o turismo de natureza".
Essa dinâmica será facilitada pelos "voos diretos que existem entre Portugal e a China" e também pelos novos investimentos de hotelaria em curso em Arouca, que "não demorará muito e terá mais 100 camas disponíveis no concelho".
O documento a assinar pelos representantes de Arouca e Zhangjiajie compromete os responsáveis pela gestão dos dois geoparques a "criarem programas periódicos de trabalho de efetiva cooperação", visando "a facilitação de contactos e a troca de ideias".
Considerando o potencial de estruturas turísticas comuns como "passadiços, pontes, museus e centros interpretativos", o acordo pretende "reforçar a internacionalização desses destinos" apostando para o efeito "num padrão mutuamente benéfico de relações e cooperação técnica".
Os domínios a explorar nesse sentido são vários, mas em destaque está a troca de informação relativa ao desenvolvimento e gestão de infraestruturas turísticas, assim como a partilha de conhecimento quanto ao planeamento estratégico de geoparques - no que será de "primeira importância" o 'know-how' relativo a turismo, cultura, educação, ambiente, mobilidade e empreendedorismo.
Já a nível económico, a geminação tem dois objetivos principais: identificar uma estrutura em que os serviços agora desempenhados pelos gestores públicos dos dois geoparques possam "gradualmente ser transferidos para o setor privado" e pôr em movimento "um ambiente propício a investimento recíproco por empresas em ambos os geoparques".