Estudantes dos PALOP realçam que estudar em Portugal "seria difícil" sem bolsas
Estudante de doutoramento em Estudo Científico Avançado em Energias e Meio Ambiente em Moçambique, Arminda Uachisso, de 52 anos, classifica que a bolsa para o segundo semestre em Portugal como "uma experiência fantástica" e realçou a sua importância.
"Se não fosse esta bolsa, seria mais complicado estudar em Portugal", disse a bolseira, presente na apresentação, hoje, do Programa Paulo Freire-PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa), na sede da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Lisboa.
A moçambicana Arminda Uachisso é atualmente estagiária de doutoramento na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.
Abubacar Mendes, de 36 anos, está a acabar a Licenciatura em Língua Portuguesa, no Instituto Politécnico de Beja.
"Se não fosse esta bolsa, não conseguiria vir estudar para Portugal, devido a dificuldades financeiras", disse o estudante de Guiné-Bissau.
Mendes destacou a importância desta bolsa de estudo, não só porque lhe permite estudar em Portugal, como também possibilita "adquirir novas experiências e conhecimento".
O programa de mobilidade académica direcionado para os PALOP possibilita que estudantes do Instituto Superior de Educação de Huíla, de Angola, da Universidade de Cabo Verde, da Escola Nacional Superior Tcho Tê, da Guiné-Bissau, da Universidade Pedagógica de Moçambique e da Universidade de São Tomé e Príncipe possam realizar a graduação ou pós-graduação em formações conducentes à profissão docente.
Os estudantes frequentam um semestre em regime de mobilidade nas Universidades de Lisboa (Instituto da Educação e Faculdade de Letras) do Porto, do Minho, de Aveiro e nos Institutos Politécnicos de Bragança, Leiria e Beja.
O Programa Paulo Freire, criado em 2014, na Conferência Ibero-Americana de Ministros da Educação, insere-se na estratégia da OEI de "aproximação aos países da CPLP, tendo em conta a cooperação já existentes entre países e a proximidade cultural e linguística".