Cuba recebe 1.ª empresa a produzir 'pellets' com lenha de podas na Península Ibérica
Trata-se da empresa de transformação de combustíveis ecológicos Greenedge - Biomassa e Energia, "a primeira da Península Ibérica e uma das primeiras a nível europeu a laborar com recurso a material lenhoso proveniente de podas", refere a Câmara de Cuba, no distrito de Beja, num comunicado enviado hoje à agência Lusa.
A empresa, que está a ser construída no Parque Empresarial de Cuba e deverá criar 20 postos de trabalho, vai aproveitar e valorizar material lenhoso de podas de vinhas e olivais para produzir briquetes e ´pellets` de biomassa, explica o município.
Briquetes e ´pellets` são combustíveis orgânicos sólidos produzidos a partir de desperdícios de madeira e que servem como fonte de energia limpa para aquecer edifícios e produzir energia na indústria.
Segundo o município, a Greenedge vai ter capacidade para produzir 12 mil toneladas de briquetes e ´pellets` e espera atingir um volume de negócios na ordem dos 2,5 milhões de euros por ano.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara de Cuba, João Português, disse tratar-se de "mais um investimento importante" para o concelho e a terceira empresa a instalar-se no parque empresarial da vila.
A Greenedge "vai fazer um forte investimento e dar um contributo importante para a criação de postos de trabalho no concelho", sublinhou.
Por outro lado, frisou, trata-se da "primeira empresa do género na Península Ibérica a laborar com recurso a material proveniente de podas de vinhas, o que acaba por ser extremamente útil para o concelho de Cuba, que também é muito conhecido pela produção de vinha".
No Parque Empresarial de Cuba, criado pelo município, já estão instaladas duas empresas, uma nova de produção e comércio de rações para animais e uma queijaria que atua há mais de 80 anos e produz queijos de ovelha.
O parque, que ocupa oito hectares e está situado na Quinta da Graciosa, na saída da vila em direção a Ferreira do Alentejo, é composto por 29 lotes, mas só 26, com áreas entre 400 e 1.600 metros quadrados, ficaram disponíveis para instalação de empresas.
Segundo João Português, os 26 lotes do parque disponíveis para instalação de projetos empresariais já foram alienados a 17 empresas, com os quais o município já assinou contrato definitivo ou contrato promessa de compra e venda.
"A perspetiva é de que nos próximos anos se instalem mais empresas e o parque fique lotado e venha a ter um papel preponderante para o desenvolvimento da economia, a criação de emprego e a fixação de jovens" no concelho, estimou o autarca.