- Luís Sénica (treinador de Portugal): "Foi um jogo intenso, um bom jogo de hóquei em patins. Entrámos, não diria apáticos, mas a permitir que a França entrasse no seu terreno de excelência. Os três primeiros golos não podem acontecer. A partir daí a equipa foi mais organizada no plano mental. Percebeu que tem competências para vencer qualquer adversário e puxou de toda a sua capacidade e tranquilizou-se à medida que o jogo se foi fazendo..O resultado de 3-1 ao intervalo era um pouco pesado para o que fizemos. Falhámos um livre direto nos últimos segundos, que nos podia ter ajudado num plano emocional. Fizemos uma segunda parte bastante bem conseguida, que demonstra a determinação dos jogadores. Sofremos, crescemos e seguimos em frente. .Nos tínhamos que jogar com as armas todas, fiz as linhas possíveis para contrariar a dinâmica e capacidade física que os franceses apresentam. Jogadores com grande envergadura e físicos, intensos no jogo, e creio que o segredo na segunda parte foi retirar a hipótese de transições. Em 25 minutos, tiveram uma bola isolada frente ao Girão, que a defendeu, mas foi fruto de algum risco da nossa parte..Espero que os próximos jogos possam ser mais simpáticos, menos intensos do ponto de vista de termos que ir buscar tudo o que temos. No crescimento, espero que tenha sido uma grande lição para nós todos. Porque não é necessário ir buscar ao baú todas as nossas capacidades..(Jogo dos quartos de final contra a Inglaterra) É um jogo para respeitar. Temos um adversário que merece respeito. Vamos procurar vencer o jogo e manter o nosso trabalho com honestidade e seriedade. Hoje, vamos recuperar um ou outro jogador que tem uma mazela e vamos gerir, mas vamos gerir ganhando. Primeiro queremos ganhar e depois gerimos..(Bolas paradas falhadas) O treino de bolas paradas existe o ano todo, nos clubes e também na seleção. Aqui impera a qualidade e a técnica, creio que vão aparecer. Eu sou um crente. Hoje voltou a não ser preocupante porque ganhámos. .- Gonçalo Alves (jogador de Portugal): "Sabíamos que a França tem qualidade, apesar de trazerem seis jogadores e dois guarda-redes, eles têm vindo a evoluir o seu hóquei, sabíamos que íamos encontrar um jogo cínico. Queriam aproveitar os nossos erros para marcar e errámos como não devíamos ter feito na defesa..Devíamos estar satisfeitos por conseguir dar a volta. porque isso demonstra que os campeões se fazem destas vitórias, indo buscar forças onde não existiam..Acho que entrámos fortes, apesar de termos cometido mais erros no início, coisa que eles não fizeram. Errámos nos primeiros passes, demos algumas abébias a defender. Ao intervalo, conseguimos melhorar e fazer com que perdessem bola no nosso terço defensivo e sairmos em contra-ataque. .Temos que vencer qualquer uma das equipas e para ser campeões vamos ter de passar pela Itália ou Espanha, não dá para fugir..(Sobre a ajuda do público) Quando uma equipa está a perder, é importante dar apoio à equipa. O ânimo não pode ir todo abaixo. Alguém tem que estar dentro de campo, como todos estivemos, para estarmos concentrados. Temos uma supre-equipa a nível individual e coletivo, não é por aqui que vamos perder o foco de vencer o campeonato"..- Fabien Savreux (selecionador da França): "Quase que conseguimos uma surpresa, por isso estou, evidentemente, muito desiludido. Tivemos o jogo na mão, com 4-1, mas deixámo-lo fugir ente os dedos, permitimos a reviravolta, face a uma bela equipa portuguesa, que nunca desistiu..Também tivemos alguns problemas físicos, pois temos apenas seis jogadores para a rotação..Houve também um desequilíbrio muito grande nas faltas, pois marcaram-nos 18 e aos portugueses apenas nove. Também foi assim no Mundial. Ficaram muito tempo com a nona falta e não marcaram a 10.ª. São pequenas coisas, que não nos permitiram ganhar, mas estamos mais perto..O calendário também não nos favorece, pois vamos jogar amanhã (sexta-feira) à hora de almoço, depois de termos jogado hoje à noite"..- Carlo Di Beneddetto (capitão da França): "Falta-nos pequenos detalhes para nos chegarmos a Portugal, Espanha e Itália. Hoje faltou-nos alguma frescura física na parte final. Se tivéssemos mais um jogador, se calhar teria sido diferente..Fizemos um jogo quase perfeito. Fizemos uma grande jogo, mas, contra uma equipa como Portugal, não temos que fazer um grande jogo durante o jogo todo, não podemos ter um ou dois minutos mais débeis..Agora temos de recuperar, pois a competição ainda não acabou".