Cirurgia de Bolsonaro para retirar bolsa de colostomia adiada para 2019
Bolsonaro chegou hoje a São Paulo, proveniente de Brasília, onde passou os últimos dias a definir a equipa que assumirá o Governo do Brasil dentro de pouco mais de um mês, tendo ido diretamente para o hospital Albert Einstein, para realizar diferentes tipos de provas e análises.
O Presidente eleito aguarda um procedimento cirúrgico para remoção da bolsa externa, que lhe foi instalada para depositar temporariamente as fezes (colostomia), e que estava inicialmente previsto para 12 de dezembro, mas que acabou por ser adiado.
Bolsonaro "encontra-se bem clinicamente e mantém uma ótima evolução, no entanto, os exames de imagem mostram inflamação do peritónio e do processo de aderência" numa parte do intestino, segundo o boletim médico divulgado pelo hospital.
Dessa forma, a equipa de profissionais de saúde decidiu "adiar a conclusão da reconstrução do trânsito intestinal". Bolsonaro será submetido a uma nova revisão "em janeiro" para definir o "momento ideal da cirurgia", disse ainda o comunicado.
O Presidente eleito do Brasil ficou gravemente ferido após ter sido esfaqueado no abdómen por um homem, que alegou ter "receio" das "propostas radicais" do então candidato, durante uma ação de campanha em Juíz de Fora, no estado de Minas Gerais, no dia 06 de setembro.
Bolsonaro, defendor da ditadura militar (1964-1985) e vencedor das eleições presidenciais de outubro, já foi submetido a duas cirurgias na decorrência desse ataque, que o manteve internado em São Paulo por 23 dias.
A pouco mais de um mês da sua tomada de posse, o político da extrema-direita continua a definir a sua equipa, com a nomeação de futuros ministros, entre os quais alguns militares.
Bolsonaro voltará ainda hoje ao Rio de Janeiro, cidade onde vive, e onde receberá John Bolton, assessor de segurança nacional do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no próximo dia 29 de novembro.
MYMM