Arroz apreendido pela PJ estava em armazém arrendado pelo Governo -- ministro guineense

O ministro da Agricultura da Guiné-Bissau, Nicolau dos Santos, disse hoje que o arroz apreendido pela Polícia Judiciária (PJ) na quarta-feira estava num armazém em Bafatá arrendado pelo Governo e que não foi desviado.
Publicado a
Atualizado a

"Enviámos 220 toneladas de arroz para Bafatá conforme o nosso plano de distribuição para Bafatá. Até à data da apreensão pela Polícia Judiciária tínhamos em armazém 4.000 sacos", afirmou em conferência de imprensa, em Bissau, Nicolau Santos.

O ministro adiantou ter recebido informações de que a PJ estava a preparar a apreensão do arroz e que contactou com a diretora desta força de investigação criminal a explicar que o arroz era do Ministério da Agricultura e que o armazém tinha sido arrendado pelo Governo para armazenar o produto antes da sua distribuição aos agricultores carenciados.

"Surpreendentemente, ontem [quarta-feira] acompanhei a apreensão. Penso que houve falta de comunicação. Nós é que recebemos o arroz e quem responde é o Ministério da Agricultura", declarou o ministro.

Questionado sobre suspeitas de que o arroz estaria a ser mudado de sacos, o ministro referiu não ter conhecimento dessa situação.

Nicolau Santos explicou que o arroz foi recebido em fevereiro, juntamente com outros donativos do Governo da China, incluindo fertilizante e máquinas agrícolas.

A Polícia Judiciária da Guiné-Bissau apreendeu na quarta-feira mais de 100 toneladas de arroz doados pela China.

Segundo a PJ, o arroz estava a ser preparado para ser vendido no mercado interno numa altura em que decorre a campanha de comercialização e exportação de caju.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt