Responsabilidade de queda do teto do Metro na Praça de Espanha dividida por várias entidades
O relatório ao abatimento do teto no túnel do metro sobre um comboio que circulava na Praça de Espanha, em Lisboa, e que causou quatro feridos em setembro do ano passado, distribuiu a responsabilidade do acidente por várias entidades.
"De acordo com o documento, a responsabilidade do ocorrido é distribuida pelas várias entidades envolvidas - dono da obra (SRU/CML), o Metropolitano de Lisboa, o projetista, o revisor do projeto, o empreiteiro e a fiscalização. Isto, no que respeita ao traçado e altimetria do túnel do Metropolitano", pode ler-se numa nota enviada pela Câmara Municipal de Lisboa às redações.
O incidente, recorde-se, ocorreu enquanto decorriam obras relativas à construção do Parque Urbano da Praça de Espanha.
De entre as várias recomendações que faz, a Comissão de Inquérito integrada por elementos da Orgem dos Engenheiros, da autarquia e do Metropolitano de Lisboa e criada por despacho de Fernando Medina refere que em obras "que tenham interferência com infraestruturas enterradas" devem ser feitos, "na fase de projeto", levantamentos com sondagens, e que nas zonas de potenciais conflitos com infraestruturas enterradas, os empreiteiros devem ter particulares cuidados quando usam técnicas de escavação e demolição de elementos.
As diferentes entidades estão a analisar o relatório de modo a ajustarem os seus processos e métodos de trabalho às recomendações da Comissão, revela a autarquia.
Na altura do lançamento da empreitada da construção do Parque Urbano da Praça de Espanha, o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, disse que a intervenção inclui "um número muito significativo de árvores", zonas de "clareiras de fruição", parques infantis, esplanadas e quiosques, retomando a água como "elemento central" do espaço.
A empreitada, lançada com um preço base superior a seis milhões de euros, inclui também uma transformação da rede viária atual em dois grandes cruzamentos.