Eram 11h27 desta terça-feira quando as máquinas perfuraram a parede que ainda dividia o túnel do Metro de Lisboa que liga as futuras estações da Estrela e de Santos, dando assim mais um passo para a nova Linha Circular, que terá dois quilómetros e cuja conclusão está prevista para outubro de 2024, representando um investimento de 331,4 milhões de euros.."Estamos numa nova fase da obra da Linha Circular da extensão da Linha Amarela. Trata-se de uma obra muito complexa do ponto de vista de engenharia, mas que está a andar a um ritmo positivo", disse o ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, na visita à obra, afirmando ainda prever que esta esteja concluída em "outubro de 2024"..O prolongamento das linhas Amarela e Verde entre o Rato e o Cais do Sodré, dando assim origem à Linha Circular com a abertura das estações da Estrela e de Santos, representa um investimento de 331,4 milhões de euros, e está divido em quatro lotes: o lote 1 envolve a execução dos toscos entre o término da estação do Rato e a estação de Santos; o Lote 2 engloba a execução dos toscos entre Santos e o Cais do Sodré; o Lote 3 visa a construção de dois viadutos e a ampliação para nascente da estação do Campo Grande, obras que tiveram início em janeiro, e o Lote 4 envolve a construção dos acabamentos e sistemas para a Linha Circular..Localizada ao cimo da Calçada da Estrela, em frente à Basílica da Estrela, a futura estação da Estrela "terá acesso na extremidade sul do Jardim da Estrela, a partir do edifício da antiga farmácia do Hospital Militar" e será servida por seis ascensores e duas escadas mecânicas. Já a futura estação de Santos "ficará localizada a poente do quarteirão definido pela Av. D. Carlos I, Rua das Francesinhas, Rua dos Industriais e Travessa do Pasteleiro", sendo servida por escadas rolantes. O acesso principal ficará no Largo da Esperança, integrando o elevador dos bombeiros, estando também previsto um acesso ao Bairro da Madragoa por elevador, e outros dois na Travessa do Pasteleiro e na Avenida D. Carlos I..Falando no plano geral de expansão do Metropolitano de Lisboa, Duarte Cordeiro, que tutela a pasta dos transportes urbanos, explicou que está em causa um investimento de mais mil milhões de euros e que vai alargar a rede em 18 quilómetros, entre a extensão das linhas Amarela e Vermelha e a construção da Linha Violeta, que irá ligar Loures a Odivelas. O governante referiu ainda que este investimento é "importante para o ambiente e para os objetivos do país em termos de alterações climáticas", pois pretende-se ter "mais 45 milhões de viagens por ano e uma redução de emissões de cerca de 30 mil toneladas de CO2 equivalente"..Segundo o ministro do Ambiente, a extensão da Linha Vermelha - entre São Sebastião e Alcântara - e a futura Linha Violeta deverão estar concluídas no final de 2026, adiantando que a Linha Vermelha deverá "entrar em obra até ao final do ano". No caso da Linha Violeta, cuja avaliação de impacto ambiental está a terminar, o concurso deverá ser lançado "no primeiro semestre deste ano"..O projeto para esta nova linha que ligará Odivelas e Loures será maioritariamente à superfície, sendo composta por 19 estações, entre o Hospital Beatriz Ângelo e a Quinta de São Roque..ana.meireles@dn.pt