Zelensky para o G20: "Há um terrorista entre vocês"

Zelensky apelidou o ataque com mísseis na Polónia de "uma verdadeira declaração trazida pela Rússia para a cúpula do G20".
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O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse esta quarta-feira aos líderes do G20 na quarta-feira que havia um "estado terrorista" entre eles, acusando a Rússia de um ataque com mísseis contra a Polónia que matou duas pessoas.

Num discurso através videoconferência, Zelensky apelidou o ataque de "uma verdadeira declaração trazida pela Rússia para a cúpula do G20", de acordo com uma cópia do seu discurso vista pela AFP.

A Polónia disse que não há provas claras sobre quem lançou o míssil, enquanto o presidente dos EUA, Joe Biden, disse que é "improvável" que tenha sido disparado a partir da Rússia, que por sua vez negou o envolvimento no ataque.

Zelensky, no entanto, foi rápido em apontar o dedo à Rússia, que lançou uma onda de ataques na Ucrânia na terça-feira, deixando milhões de lares sem energia.

O presidente ucraniano discurso esta quarta-feira pela segunda vez na cúpula do G20, numa altura em que vários líderes já haviam deixado a ilha indonésia de Bali, que sedia o encontro.

Um dos que já não estava presente é o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, que voou na noite de terça-feira.
Os que permaneceram ouviram Zelensky dizer à cúpula: "Há um estado terrorista entre vocês e estamos a defender-nos contra ele. Essa é a realidade."

Zelensky, que falou por videoconferência aos líderes na terça-feira para pedir o fim da guerra, pediu uma "reação rápida" ao ataque na Polónia, mas os seus aligados agiram com cautela, com Biden a referir que uma eventual resposta surgiria apenas após uma investigação.

"Vamos garantir que descobriremos exatamente o que aconteceu... e então vamos determinar coletivamente o nosso próximo passo", afirmou o presidente dos Estados Unidos após se reunir com o G7 e outros aliados à margem da cúpula.

Biden também disse que "informações preliminares" sugeriam que o míssil não havia sido lançado a partir da Rússia: "É improvável que tenha sido disparado da Rússia, mas veremos"

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