Valença com filas de trânsito com mais de 5km

Dia da Hispanidade atraiu milhares de turistas espanhóis.

A fortaleza de Valença recebeu, quarta-feira, Dia da Hispanidade, "entre 15 e 16 mil visitantes" e as filas de trânsito desde a saída da cidade para a autoestrada entre Tui e Vigo superaram os cinco quilómetros.

"A meio da manhã, do dia 12 de outubro, as filas de carros na A55, que liga Vigo a Tui, superaram os cinco quilómetros, desde a saída para Valença. Os fluxos de visitantes foram intensos em toda a área urbana, sobretudo na fortaleza e no recinto do Campo da Feira. Só na Fortaleza aponta-se entre as 15 e as 16 mil pessoas a entrarem durante o dia", afirmou hoje à agência Lusa, o presidente da câmara, José Manuel Carpinteira.

Segundo o autarca socialista, "a restauração foi um dos setores que mais sentiu a pressão dos visitantes, com filas para almoçar desde as 12:00 até às 16:00".

Na quarta-feira, comemorou-se, em Espanha, o Dia da Hispanidade e Valença recebeu "uma das maiores enchentes de visitantes do ano".

"É com júbilo que vemos a dinâmica e atratividade do nosso comércio, restauração e turismo a afirmarem-se, cada vez mais, junto de novos públicos e a atraírem um número crescente de visitantes e turistas", afirmou Carpinteira.

O Dia da Hispanidade, festa nacional de Espanha, coincidiu com a feira semana de Valença e as boas temperaturas que se têm feito sentir proporcionaram "uma enchente histórica".

"Olho para trás, para os anos de pandemia, para a longa travessia, espera e angústia dos empresários valencianos e vejo, hoje, resiliência, competência, competitividade e atratividade em vencer as adversidades, em reinventarem-se, adaptarem-se e reposicionar a oferta de comércio, de turismo e de serviços de Valença no melhor que se oferece na Península Ibérica", frisou o autarca socialista.

Este ano, o Dia da Hispanidade celebrou os 530 anos da chegada de Cristóvão Colombo à América, a 12 de outubro de 1492.

Também na quarta-feira, a cidade de Tui, que com Valença forma a primeira eurocidade entre o Alto Minho e a Galiza, comemorou a Festividade Virgem do Pilar.

José Manuel Carpinteira garantiu que a autarquia "está atenta a esta realidade e, por isso mesmo, candidatou-se, conjuntamente com a Confederação Empresarial do Alto Minho (CEVAL), ao projeto dos Bairros Digitais".

"Queremos preparar e posicionar a nossa oferta para as novas tendências de consumo, focados e preparados para os desafios do futuro", realçou.

Os projetos dos bairros comerciais digitais do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) visam fomentar a coesão territorial e destinam-se a autarquias, empresas municipais e associações locais.

Os bairros comerciais digitais "são definidos como espaços urbanos contíguos, delimitados geograficamente, com elevada densidade de estabelecimentos de comércio e de prestação de serviços, incluindo HORECA [hotelaria, restauração e cafés], com uma estratégia comum de gestão suportada num ambiente tecnológico avançado", pode ler-se no portal de perguntas frequentes disponível no 'site' do IAPMEI - Agência para a Competitividade e Inovação.

A centralização do processo em Lisboa já gerou críticas de comunidades intermunicipais a Norte.

Com dotação de 52,5 milhões de euros visando a criação de 50 estabelecimentos a nível nacional, o projeto enquadra-se na Componente 16 - Empresas 4.0 integrada na dimensão da Transição Digital do PRR.

Além das várias características tecnológicas, de digitalização e de dinamização económica inerentes ao projeto, os bairros comerciais digitais procuram também enquadrar "o vetor da proximidade e da coesão territorial, promovendo a valorização da evidência física e da requalificação dos espaços".

Os beneficiários deste projeto, cujo prazo para submeter candidaturas terminou no dia 30 de abril, são autarquias locais, associações empresariais e associações de desenvolvimento local, empresas municipais ou consórcios entre este tipo de entidades.

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