Ucrânia: Ministro das Relações Exteriores pede apoio "mais rápido, mais rápido, mais rápido"
Dmytro Kuleba agradece apoio dos aliados, mas pede que as decisões sobre as armas sejam feitas de forma mais rápida.
O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, pediu esta terça-feira apoio dos Aliados "mais rápido, mais rápido, mais rápido", salientando a importância para o país de geradores e sistemas de defesa aérea.
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O governante ucraniano falava à entrada da reunião do Conselho do Atlântico Norte que reúne em Bucareste, capital da Roménia, hoje e quarta-feira, os ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO, recordando que na última ministerial dos Aliados em que participou pediu "armas, armas, armas".
"Hoje tenho outras palavras diferentes: mais rápido, mais rápido, mais rápido. Agradecemos o que foi feito mas a guerra continua. Nós provámos que conseguimos derrotar a Rússia, provámos que conseguimos ganhar, juntos, nos interesses do inteiro espaço euro-atlântico e do mundo", defendeu.
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Contudo, salientou o ministro, "decisões sobre armas, decisões sobre lançar novas linhas de produção de armas em países ocidentais têm que ser feitas de forma mais rápida".
"E isto é o que vamos discutir hoje com os ministros dos Negócios Estrangeiros, como acelerar tudo", frisou.
O ministro ucraniano frisou a necessidade do país de geradores, transformadores e também sistemas de defesa antiaérea, numa altura em que os ataques da Rússia a infraestruturas críticas têm aumentado.
Momentos antes, o secretário-geral da NATO insistiu que o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, "está a tentar utilizar o inverno como arma de guerra" contra a Ucrânia, após os ataques das últimas semanas contra infraestruturas energéticas.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas - mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.655 civis mortos e 10.368 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.